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01/12/2006
-
09h01
LEILA SUWWAN
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Desde 1997, o governo brasileiro deixou de investigar, analisar e registrar milhares de informações sobre quase-acidentes ou situações de risco no espaço aéreo brasileiro. Dados sobre cerca de 800 ocorrências se acumulam todos os anos em arquivos ou pilhas de papel em Brasília sem efetivamente alimentar o sistema de prevenção de acidentes aeronáuticos.
As 796 quase-colisões de aviões contabilizadas pela Aeronáutica entre 1998 e julho deste ano se referem apenas aos casos efetivamente investigados. Os demais relatos de incidentes no período estão guardados para registro posterior.
O mesmo problema afeta os relatórios de perigo, que podem ser enviados por pilotos e controladores descrevendo um problema que pode afetar a segurança de vôos. O acompanhamento é feito em papel e não culmina em estudo estatístico de controle ou prevenção.
O diagnóstico de "sobrecarga" e uso "ineficaz" de informações é do Cenipa, órgão central do Sipaer (Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). Constam de um documento preliminar e reservado, de 46 páginas e datado de 8 de agosto deste ano, que trata da necessidade de elaboração de um novo sistema de gestão integrada de dados, a ser implantado até 2008.
"O banco de dados com pequena amostragem se torna incapaz de indicar os aspectos relevantes para a prevenção, o que pode vir a comprometer todo o esforço despendido pelo Sipaer", diz o documento, que conclui que o atual sistema "tem se mostrado ineficaz".
A Folha solicitou à Aeronáutica uma entrevista sobre o assunto, mas não teve resposta.
Especial
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União deixa de investigar quase-acidentes aéreos
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
Desde 1997, o governo brasileiro deixou de investigar, analisar e registrar milhares de informações sobre quase-acidentes ou situações de risco no espaço aéreo brasileiro. Dados sobre cerca de 800 ocorrências se acumulam todos os anos em arquivos ou pilhas de papel em Brasília sem efetivamente alimentar o sistema de prevenção de acidentes aeronáuticos.
As 796 quase-colisões de aviões contabilizadas pela Aeronáutica entre 1998 e julho deste ano se referem apenas aos casos efetivamente investigados. Os demais relatos de incidentes no período estão guardados para registro posterior.
O mesmo problema afeta os relatórios de perigo, que podem ser enviados por pilotos e controladores descrevendo um problema que pode afetar a segurança de vôos. O acompanhamento é feito em papel e não culmina em estudo estatístico de controle ou prevenção.
O diagnóstico de "sobrecarga" e uso "ineficaz" de informações é do Cenipa, órgão central do Sipaer (Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). Constam de um documento preliminar e reservado, de 46 páginas e datado de 8 de agosto deste ano, que trata da necessidade de elaboração de um novo sistema de gestão integrada de dados, a ser implantado até 2008.
"O banco de dados com pequena amostragem se torna incapaz de indicar os aspectos relevantes para a prevenção, o que pode vir a comprometer todo o esforço despendido pelo Sipaer", diz o documento, que conclui que o atual sistema "tem se mostrado ineficaz".
A Folha solicitou à Aeronáutica uma entrevista sobre o assunto, mas não teve resposta.
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