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07/12/2006 - 13h12

Balanço aponta atrasos de mais de uma hora em 31,31% dos vôos

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da Folha Online

Balanço divulgado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) mostra que 191 dos 610 vôos programados para ocorrer da 0h às 10h30 desta quinta-feira sofreram atrasos de mais de uma hora. O número corresponde a 31,31% do total.

De acordo com a agência, o maior número de atrasos foi registrado nos aeroportos de São Paulo --22 em Congonhas e 22 em Guarulhos. No total, 23 vôos foram cancelados no país, a maioria deles (6) em Guarulhos. Não foi divulgado o índice de atrasos ou cancelamentos considerados aceitável.

É o terceiro dia de atrasos nos aeroportos desde a pane que cortou a comunicação por rádio entre os controladores do Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, e os pilotos dos aviões, na terça-feira (5). A Aeronáutica investiga as causas da falha e afirma que, em seis anos de uso, o equipamento nunca havia apresentado falha semelhante.

Nesta quinta, os passageiros ainda enfrentam problemas nos principais terminais do país. Salas de embarque ficaram cheias. A expectativa é de que os atrasos continuem ao longo do dia.

Na quarta, o presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, afirmou esperar que a situação nos aeroportos estivesse normalizada nesta quinta. Ele condenou um suposto "clima de terror". "Os brasileiros não precisam ter medo de voar."

Defesa do consumidor

A diretora da Anac, Denise Abreu, esteve reunida ontem com representantes de entidades de defesa do consumidor, Procons e do Ministério Público, que cobraram mais atenção aos passageiros durante esta nova crise.
Raimundo Pacco/Folha Imagem
Passageiros enfrentam filas no aeroporto de Congonhas, como reflexo da pane no Cindacta
Passageiros enfrentam filas no aeroporto de Congonhas, como reflexo da pane no Cindacta


Passageiros prejudicados pela espera nos aeroportos devem guardar cupons e notas que comprovem a longa permanência nos terminais, para respaldar futuras ações judiciais. O Procon tem alertado aos passageiros que preencham um documento de sugestões e reclamações que pode ser encontrado nas agências da Anac nos aeroportos ou pela internet.

Ao documento devem ser anexadas todas as notas com despesas --como lanches ou jornais-- que foram feitas por causa da demora no embarque.

Crise

Desde o final de outubro, os passageiros têm enfrentado constantes atrasos nos principais aeroportos do país. Inicialmente, os atrasos foram causados pela chamada operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo, que, de forma isolada, decidiram aumentar o espaçamento entre as decolagens. O objetivo seria garantir a segurança dos vôos, após o acidente com o Boeing da Gol, que causou a morte dos 154 ocupantes.

O resultado do movimento foi uma seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos. O setor entrou em colapso na madrugada do último dia 2 de novembro, feriado de Finados. No dia 14 do mesmo mês, véspera do feriado da Proclamação da República, grandes atrasos voltaram a ser registrados nos principais aeroportos do país. Na ocasião, os problemas seriam resultado da falta de controladores no Cindacta 1, em Brasília.

Entre os últimos dias 19 e 20 de novembro, os passageiros enfrentaram transtornos atribuídos, na ocasião, à chuva e ao efeito bola-de-neve causado pelo rompimento de um cabo de fibra ótica do Cindacta 2 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo) --que coordena o tráfego na região Sul.

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