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23/12/2006 - 11h00

Justiça ouvirá acusados de incendiar quatro vivos em SP em um mês

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da Folha Online

Os dois homens presos suspeitos de ter roubado uma loja, matado e incendiado quatro pessoas no último dia 10, em Bragança Paulista (83 km a norte de São Paulo), prestarão depoimento na 2ª Vara Criminal da cidade em aproximadamente um mês. Joabe Severino Ribeiro, 36, e Luiz Fernando Pereira, 38, foram presos dois dias após o crime.

Almeida Rocha/Folha Imagem
Vinícius, 5, que não resistiu às queimaduras
Vinícius, 5, que não resistiu às queimaduras
No último dia 20, a Justiça aceitou a denúncia (acusação formal) feita pelo Ministério Público contra a dupla. Na ocasião, o documento os acusava de três latrocínios (roubos seguidos de morte) e uma tentativa de homicídio pois uma das vítimas, Luciana Michele Dorta, 27, ainda estava viva. Ela morreu um dia depois e foi enterrada sexta-feira (22).

Com a morte de Luciana, o Ministério Público deverá rever a denúncia. Da primeira vez, os promotores pediram pena máxima para os dois acusados.

Na chacina, além de Luciana, foram mortos ainda o casal Leandro Donizete de Oliveira, 31, e Eliana Faria da Silva, 32, e o filho dele, Vinícius, 5. Os quatro foram deixados em um carro e incendiados após um roubo à loja "Sinhá Moça", onde as duas mulheres trabalhavam.

Em depoimento, presos suspeitos de terem cometido o crime, disseram ter matado o grupo porque foram reconhecidos. Um deles havia prestado serviços à loja como eletricista.

Crime

O crime começou quando dois criminosos invadiram a casa de Eliana e Leandro e fizeram ele e a criança reféns. Os três foram levados à loja onde Eliana trabalhava, mas não conseguiram abrir o cofre do estabelecimento. Eliana foi, então, obrigada a ir até a casa da colega, Luciana, que tinha a chave. Cerca de R$ 20 mil foram roubados do local. O dinheiro foi encontrado na casa de um dos suspeitos presos.

Folha Imagem
Joabe Ribeiro (esq.) e Luiz Fernando
Joabe Ribeiro (esq.) e Luiz Fernando
Depois do roubo, a dupla colocou os quatro --amarrados-- no Palio do casal, os levaram à estrada municipal 2, colocaram combustível no carro e atearam fogo, antes de fugir.

Luciana conseguiu quebrar um dos vidros e sair do carro. Em seguida, tirou o menino do fogo. Em depoimento, ela contou que deixou o garoto esperando ao lado do veículo e caminhou pela estrada até ser socorrida por um casal.

Quando a PM chegou ao local, o carro ainda estava em chamas. Eliana foi encontrada no banco do passageiro dianteiro, degolada e com as mãos amarradas para trás. Leandro estava no porta-malas, amarrado.

Com queimaduras em grande parte de seus corpos, Vinícius morreu dois dias depois e Luciana morreu quinta-feira (21), na Santa Casa de Limeira (151 km a noroeste de São Paulo).

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