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23/12/2006 - 20h00

Atrasos nos aeroportos aumentam e chegam a 55% dos vôos

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da Folha Online

Os atrasos nos pousos e decolagens continuaram subindo e atingiram mais da metade dos vôos até as 17h deste sábado, em 67 aeroportos do país. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), 699 dos 1.266 vôos tiveram atrasos superiores a uma hora e outros 36 vôos foram cancelados, o que representa um índice de 55,21%.

A FAB (Força Aérea Brasileira) considera normais atrasos de até 40 minutos. Até as 10h deste sábado os atrasos haviam chegado a 44,45% dos vôos programados.

O índice contrasta com o otimismo do presidente da agência, Milton Zuanazzi, que declarou neste sábado, em Brasília, que a situação dos vôos estava "sob controle". Zuanazzi considerou que o fluxo de aeronaves estava se normalizando. A agência ainda acredita que, no Réveillon, os atrasos tenham acabado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado que parte da atual seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos que atinge o setor desde terça (19) é culpa das companhias que vendem mais passagens do que a sua capacidade, e que a expectativa é que os problemas terminem domingo (24), véspera de Natal.

Ontem, o índice de atrasos chegou a 48% dos vôos programados e a Anac proibiu a TAM de vender passagens para vôos de ontem até amanhã, ou até que os pousos e decolagens estejam normalizados. Hoje a empresa aumentou a suspensão das vendas até segunda-feira.

Além da proibição, as últimas medidas para tentar normalizar a situação foram o aumento de funcionamento do aeroporto de Congonhas (em São Paulo), que permanecerá aberto durante a madrugada, e o fretamento de aeronaves da FAB pela TAM. Ao todo, oito aviões com 472 lugares no total serão usados.

Tumulto

Os maiores aeroportos brasileiros foram palco de protestos por passageiros revoltados com a nova seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos, e com a falta de informações por parte das autoridades do setor e das companhias aéreas.

No Rio, no aeroporto Tom Jobim, uma mulher que quebrou um computador da TAM durante um protesto foi presa pela PF (Polícia Federal). Na quinta-feira (21), também no Tom Jobim, a PF deteve um médico de 53 anos que invadiu o balcão da TAM e disse que só sairia de lá preso. Nos dois casos, eles foram levados à delegacia e liberados depois de assinar um termo de comprometimento de cooperação com uma eventual ação sobre a ocorrência.

No final da manhã, no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, passageiros invadiram o balcão de check-in da TAM e agrediram os funcionários. O atendimento foi interrompido por alguns minutos, e a polícia foi acionada.

Na sexta-feira (22), a PM (Polícia Militar) e a PF foram acionadas diversas vezes para conter os ânimos dos passageiros, ainda em Guarulhos. Uma advogada e a filha foram presas após brigar com um agente da PF; e uma passageira mostrou os seios para outro agente, para argumentar que estava recém-operada. Neste sábado, a PF reforçou a segurança.

Em Brasília, neste sábado, o saguão do aeroporto Juscelino Kubitschek também amanheceu lotado, mas não foram registrados tumultos. Na sexta-feira (22), no final da manhã, 30 pessoas invadiram a pista do aeroporto e foram retirados pela polícia. Na quinta, outro pequeno grupo havia feito uma manifestação semelhante.

Com KAREN CAMACHO, GABRIELA MANZINI e RENATO SANTIAGO, da Folha Online, e Folha de S.Paulo

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