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05/01/2007 - 09h35

No Espírito Santo, presídio é atacado no 7º dia de violência

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CÍNTIA ACAYABA
da Agência Folha

No sétimo dia da nova onda de violência no Espírito Santo, parte de um presídio foi incendiado e um suspeito de participação nos ataques foi preso. O incêndio em um carro policial é apurado.
Desde o último dia 29, já são cinco ônibus incendiados, uma rebelião em presídio, dez suspeitos presos e um morto. Também houve transferência de 15 detentos acusados de ordenar os ataques para a penitenciária federal de Catanduvas (PR).

Os atentados se concentram na Grande Vitória, que reúne quase metade da população do Estado. O governo Paulo Hartung (PMDB) descarta, por ora, ajuda da Força Nacional de Segurança, utilizada por cem dias no Estado no ano passado, após outra onda de violência.

Ontem de madrugada, um incêndio atingiu a área administrativa da penitenciária agrícola de Viana (região metropolitana). Um coquetel molotov foi achado no local.

O fogo destruiu papéis e uma impressora, mas as fichas dos presos não foram afetadas. Não houve feridos. O governo apura como o material para a bomba entrou na prisão, já que a entrega de alimentos, pertences e remédios que familiares levam está proibida desde junho.

Em outro suposto atentado, um carro da Polícia Civil pegou fogo em Guarapari (Grande Vitória) em frente à delegacia da cidade. Por volta das 5h, dois policiais viram o carro pegando fogo e o empurraram para o meio da rua. Segundo a polícia, o carro é antigo e tem problemas elétricos, mas a suspeita de ataque não foi descartada.

A polícia prendeu ontem outro suspeito de participar de ataques a ônibus. Jeferson de Souza é suspeito de ser responsável pela recepção de um grupo de criminosos do sul do Estado que chegaria a Vitória para cometer ataques. O grupo foi preso no sábado em Cachoeiro de Itapemirim (130 km de Vitoria).

Frota de ônibus

Os últimos atentados alteraram a rotina dos ônibus na região metropolitana de Vitória. Desde terça-feira, os ônibus estão proibidos de parar em pontos finais depois das 20h.

Segundo o Setpes (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Espírito Santo), depois desse horário, a frota de ônibus na capital capixaba está reduzida em 30%.

"Apesar de termos tirado veículos das ruas, os ônibus não estão parando nos pontos finais, o que faz com que o fluxo seja constante. Fomos orientados a retirar das ruas alvos que possam estimular o crime", afirmou Jaime de Angeli, secretário-geral do sindicato das viações.

A entidade afirmou que cada ônibus queimado representa um prejuízo de cerca de R$ 100 mil às empresas.

Especial
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