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05/01/2007 - 19h55

Seqüestros diminuíram 10,3% em São Paulo em 2006

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CAROLINA FARIAS
da Folha Online

Estatísticas da DAS (Divisão Anti-Seqüestro) de São Paulo de 2006 mostram que a cidade registrou queda de 10,3% nos seqüestros em relação ao ano de 2005.

De janeiro a dezembro do ano passado foram registrados 61 casos de extorsão mediante seqüestro na capital. No mesmo período em 2005 foram 68 casos.

Se comparado ao ano de 2001, quando houve uma explosão de casos de seqüestro --201 ocorrências-, a queda é de 30,34%.

De acordo com o delegado-titular da DAS, Wagner Giudice, 41, nos últimos cinco anos cerca de mil criminosos envolvidos em seqüestros foram presos, o que colaborou para a queda nos índices.

"Nossa equipe trabalha junta há seis anos. Com isso, conseguimos desenvolver um método de combater os seqüestros específico para São Paulo", afirmou Giudice, um dos poucos delegados que não foi substituído pelo novo delegado-geral Mário Jordão Toledo Leme.

Segundo o titular da DAS, em cerca de 70% dos casos investigados e solucionados não há o pagamento de resgate por parte das famílias. "Temos o apoio das famílias durante as investigações", disse.

Vítimas

De acordo com Giudice, o perfil das vítimas mudou com o passar dos anos. Atualmente, dificilmente uma vítima muito rica é alvo de seqüestro. Cerca de 70% são homens, com mais de 18 anos.

"Antes acontecia bem menos casos. As vítimas tinham outro perfil, tinham mais dinheiro. Agora se banalizou. A maioria das vítimas de seqüestros atualmente são comerciante de pequeno e médio porte ou industriais da periferia. Não parece, mas essas pessoas têm dinheiro", afirmou o delegado.

O fenômeno acontece mais na periferia, segundo Giudice, pela facilidade que os criminosos encontram, além do apoio de pessoas próximas a vítima.

"Os seqüestradores sempre conseguem informações de pessoas próximas da vítima como funcionários, vizinhos. Na maioria dos casos há esse tipo de envolvimento", disse Giudice.

64 dias

Terminou na quinta-feira (4) o seqüestro do filho de um dono de supermercado da zona leste de São Paulo. O rapaz de 20 anos ficou 64 dias em cativeiro e foi libertado em Bertioga (litoral de São Paulo).

A Polícia Civil encontrou o cativeiro com a ajuda de uma informação fornecida ao Disque-Denúncia. A vítima passou por dois cativeiros antes de se levada para o litoral. A família não pagou o resgate.

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