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09/01/2007 - 22h07

Falso padre é preso vendendo encontros com o papa

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ADRIANA CHAVES
da Agência Folha

A Polícia Civil de Fortaleza prendeu em flagrante na tarde de terça-feira um falso padre acusado de vender encontros com o papa Bento 16, que deve vir ao Brasil em maio para a quinta reunião do Conselho Episcopal da América Latina, que ocorre em Aparecida (167 km a nordeste de São Paulo).

Segundo a Delegacia de Defraudações e Falsificações, Erivandro Férrer de Lima, 28, vendia o traslado em caravanas de Belo Horizonte (MG) à Aparecida --o falso pacote não incluía o percurso de Fortaleza até a capital mineira.

A reportagem não conseguiu localizar o advogado que fará sua defesa.

O suspeito cobrava entrada de R$ 175 mais cinco prestações de R$ 75. Para auxiliar no disfarce, Lima usava uma carteira falsificada da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) e indumentárias emprestadas por outros párocos.

"Para algumas pessoas, ele dizia que vinha de Belo Horizonte; para outras, de Natal. E assim percorreu Fortaleza e algumas localidades do interior do Ceará, pedindo roupas e dinheiro emprestado a padres que não eram devolvidos", disse a titular da delegacia, Rosicleide de Castro.

"Ele chegou a ouvir a confissão de mais de 50 pessoas nas paróquias por onde passou, além de rezar missas. Também ficou com um celular de uma jovem e passou cheques sem fundos. Ele enganou muita gente. Temos recebidos ainda mais denúncias após sua prisão", afirmou Castro.
A delegada informou que o falso padre foi preso quando tentava enganar duas funcionárias do Detran cearense. "Ele foi coroinha na infância e tinha muito contato com a Igreja. Conhecia bem esse meio."

De acordo com Castro, Lima iniciou o depoimento negando as acusações, mas acabou confessando os crimes.

A secretaria da Arquidiocese de Fortaleza informou que alguns bispos desconfiaram do comportamento de Lima e, após constatarem que ele não pertencia a nenhuma diocese em Minas Gerais, como havia dito, alertaram a polícia.

Procurado ontem por e-mail para comentar o episódio, o arcebispo dom José Antônio Aparecido Toni Marques não havia respondido a mensagem até a conclusão desta edição.

Segundo a secretaria, ele só poderia se comunicar por escrito porque se recupera de um problema nas cordas vocais. A CNBB também não comentou o fato até a noite de ontem.

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