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10/01/2007
-
09h29
FLÁVIO FERREIRA
do Agora
A praça da Sé (centro de São Paulo), que terá sua reforma concluída pela prefeitura até o final deste mês ou o começo de fevereiro, vai ganhar canteiros ao redor do espelho d'água, concebidos para dificultar o acesso a ele. Antes do início das obras, em 2005, a lâmina d'água costumava ser usada para banhos por moradores e crianças de rua.
Os engenheiros encarregados pelas obras chamam os fossos de "canteiros alagados". Ao todo, serão construídos 16, com alturas entre 30 cm e 60 cm, ao redor do espelho d'água. Pelo projeto, um sistema hidráulico fará com que a terra dos canteiros esteja sempre molhada. Na superfície serão colocadas plantas que vivem em terrenos com muita umidade.
O projeto inclui outras barreiras para dificultar o acesso à lâmina d'água. Os canteiros terão largura mínima de dois metros e suas bordas terão a forma de cunha, para impedir que alguém tente se equilibrar nelas.
Apenas dois trechos do espelho d'água não terão canteiros alagados ao seu redor. É porque o desnível entre o piso e a água será de 2 m em um dos locais e de 3 m no outro.
Os canteiros antibanho lembram as rampas antimendigo construídas pela prefeitura na passagem subterrânea que liga a avenida Paulista à Doutor Arnaldo. Os pisos inclinados, com superfície áspera, desalojaram os moradores de rua que costumavam dormir nesse local.
A medida foi tomada em setembro de 2005, pelo então prefeito José Serra (PSDB), sucedido no começo de 2006 pelo seu vice, Gilberto Kassab (PFL).
Em 2005, quando a reforma da praça da Sé foi anunciada, seu projeto já incluía mudanças destinadas a desestimular a presença de moradores de rua.
Um exemplo era a remoção dos vãos entre os canteiros, que acabavam servindo de abrigo para moradores de rua e desestimulando a circulação de pedestres pelo interior da praça.
Outro lado
A assessoria de imprensa da prefeitura negou que o projeto de reforma da praça da Sé tenha criado um "fosso antimendigo". O objetivo da reforma, de acordo com a assessoria, foi melhorar a segurança para os usuários do local.
Porém, a assessoria afirmou que o projeto da reforma também teve o objetivo de dificultar o acesso aos espelhos d'água instalados na praça.
Antes, conforme a prefeitura, os canteiros eram altos e isso criou locais onde as pessoas podiam se esconder, o que aumentava a sensação de insegurança dos usuários.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre moradores de rua
Praça da Sé terá canteiros antibanho
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do Agora
A praça da Sé (centro de São Paulo), que terá sua reforma concluída pela prefeitura até o final deste mês ou o começo de fevereiro, vai ganhar canteiros ao redor do espelho d'água, concebidos para dificultar o acesso a ele. Antes do início das obras, em 2005, a lâmina d'água costumava ser usada para banhos por moradores e crianças de rua.
Os engenheiros encarregados pelas obras chamam os fossos de "canteiros alagados". Ao todo, serão construídos 16, com alturas entre 30 cm e 60 cm, ao redor do espelho d'água. Pelo projeto, um sistema hidráulico fará com que a terra dos canteiros esteja sempre molhada. Na superfície serão colocadas plantas que vivem em terrenos com muita umidade.
O projeto inclui outras barreiras para dificultar o acesso à lâmina d'água. Os canteiros terão largura mínima de dois metros e suas bordas terão a forma de cunha, para impedir que alguém tente se equilibrar nelas.
Apenas dois trechos do espelho d'água não terão canteiros alagados ao seu redor. É porque o desnível entre o piso e a água será de 2 m em um dos locais e de 3 m no outro.
Os canteiros antibanho lembram as rampas antimendigo construídas pela prefeitura na passagem subterrânea que liga a avenida Paulista à Doutor Arnaldo. Os pisos inclinados, com superfície áspera, desalojaram os moradores de rua que costumavam dormir nesse local.
A medida foi tomada em setembro de 2005, pelo então prefeito José Serra (PSDB), sucedido no começo de 2006 pelo seu vice, Gilberto Kassab (PFL).
Em 2005, quando a reforma da praça da Sé foi anunciada, seu projeto já incluía mudanças destinadas a desestimular a presença de moradores de rua.
Um exemplo era a remoção dos vãos entre os canteiros, que acabavam servindo de abrigo para moradores de rua e desestimulando a circulação de pedestres pelo interior da praça.
Outro lado
A assessoria de imprensa da prefeitura negou que o projeto de reforma da praça da Sé tenha criado um "fosso antimendigo". O objetivo da reforma, de acordo com a assessoria, foi melhorar a segurança para os usuários do local.
Porém, a assessoria afirmou que o projeto da reforma também teve o objetivo de dificultar o acesso aos espelhos d'água instalados na praça.
Antes, conforme a prefeitura, os canteiros eram altos e isso criou locais onde as pessoas podiam se esconder, o que aumentava a sensação de insegurança dos usuários.
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