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24/01/2007
-
10h15
GUILHERME CAMPOS
da Folha Ribeirão
As chuvas que atingem o interior de São Paulo desde dezembro danificaram instalações da Sabesp em Franca, a 400 km da capital. Em razão disso, o abastecimento de água na cidade foi cortado, o que fez a Fundação Casa de Misericórdia cancelar 50 cirurgias previstas para segunda e ontem. A Sabesp prevê normalizar a situação até sábado.
Os problemas no abastecimento da cidade começaram no fim de semana, após as chuvas danificarem equipamentos de bombeamento e produção de água no rio Canoas.
Dois inquéritos foram instaurados pelo Ministério Público para investigar a falta d'água. Um irá procurar culpados pelo desabastecimento; o outro, apurar abusos no preço cobrado por revendedores de água mineral --galões foram vendidos por até R$ 10.
Cirurgias canceladas
Segundo a Fundação Casa de Misericórdia, as cirurgias canceladas não eram emergenciais.
Ontem, a Fundação Casa de Misericórdia, que administra a Santa Casa, o Hospital do Câncer e o Hospital do Coração, suspendeu 50 cirurgias eletivas (não emergenciais) marcadas para segunda-feira e ontem devido à falta de abastecimento.
Segundo Fernando Bueno, superintendente da Santa Casa, não haverá mais suspensões e os pacientes devem fazer novo agendamento. As cirurgias de urgência estão sendo realizadas normalmente.
As chuvas de dezembro e janeiro já afetaram 89 cidades de São Paulo, de acordo com a Operação Verão da Defesa Civil do Estado. Dessas, 21 estão em situação de emergência ou calamidade pública.
No interior do Estado, 89 pessoas continuam desabrigadas, e uma morreu. Na Operação Verão de 2006, 51 municípios apresentaram problemas, mas não houve decretação de estado de emergência ou de calamidade pública.
Ontem, a Prefeitura de Serrana, vizinha a Ribeirão Preto (a 314 km de SP), decretou estado de emergência. Além dela, na região, já decretaram emergência ou calamidade as cidades de Barretos, Franca, Restinga, Patrocínio Paulista, Santa Rosa de Viterbo e Mococa.
De acordo com o diretor da Defesa Civil do Estado, Jeferson de Almeida, a quantidade de chuvas deste ano ultrapassou a média histórica na maioria das cidades, inclusive na região de Ribeirão Preto.
Segundo ele, muitas das cidades não estavam preparadas estruturalmente para receber esse volume de chuvas, o que causou prejuízos.
Segundo a Somar Meteorologia, o principal motivo para o aumento no volume de chuvas é o posicionamento das frentes frias que se estacionaram sobre o Sudeste. Hoje, elas atuam com maior intensidade no sul da região, o que traz mais transtornos para o Estado de São Paulo, diferentemente de 2003 e 2004, onde atuaram mais ao norte do Sudeste.
Ontem, segundo o prefeito de Franca, Sidnei Rocha (PSDB), técnicos instalaram a segunda bomba para redistribuir água. Outras duas ainda serão instaladas.
A ponte da vicinal que liga a cidade a Claraval (MG), parcialmente destruída pelo rio, foi provisoriamente reconstruída. Uma pinguela foi erguida e agora passam carros e motos. Já as estradas vicinais de Serrana, Patrocínio Paulista e Santa Rosa de Viterbo permanecem intransitáveis.
Alguns representantes das cidades foram ontem até São Paulo marcar audiência com o governo do Estado para negociar um repasse de verba para a reparação dos danos.
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Excesso de chuva no interior de SP até cancela cirurgias
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da Folha Ribeirão
As chuvas que atingem o interior de São Paulo desde dezembro danificaram instalações da Sabesp em Franca, a 400 km da capital. Em razão disso, o abastecimento de água na cidade foi cortado, o que fez a Fundação Casa de Misericórdia cancelar 50 cirurgias previstas para segunda e ontem. A Sabesp prevê normalizar a situação até sábado.
Os problemas no abastecimento da cidade começaram no fim de semana, após as chuvas danificarem equipamentos de bombeamento e produção de água no rio Canoas.
Dois inquéritos foram instaurados pelo Ministério Público para investigar a falta d'água. Um irá procurar culpados pelo desabastecimento; o outro, apurar abusos no preço cobrado por revendedores de água mineral --galões foram vendidos por até R$ 10.
Cirurgias canceladas
Segundo a Fundação Casa de Misericórdia, as cirurgias canceladas não eram emergenciais.
Ontem, a Fundação Casa de Misericórdia, que administra a Santa Casa, o Hospital do Câncer e o Hospital do Coração, suspendeu 50 cirurgias eletivas (não emergenciais) marcadas para segunda-feira e ontem devido à falta de abastecimento.
Segundo Fernando Bueno, superintendente da Santa Casa, não haverá mais suspensões e os pacientes devem fazer novo agendamento. As cirurgias de urgência estão sendo realizadas normalmente.
As chuvas de dezembro e janeiro já afetaram 89 cidades de São Paulo, de acordo com a Operação Verão da Defesa Civil do Estado. Dessas, 21 estão em situação de emergência ou calamidade pública.
No interior do Estado, 89 pessoas continuam desabrigadas, e uma morreu. Na Operação Verão de 2006, 51 municípios apresentaram problemas, mas não houve decretação de estado de emergência ou de calamidade pública.
Ontem, a Prefeitura de Serrana, vizinha a Ribeirão Preto (a 314 km de SP), decretou estado de emergência. Além dela, na região, já decretaram emergência ou calamidade as cidades de Barretos, Franca, Restinga, Patrocínio Paulista, Santa Rosa de Viterbo e Mococa.
De acordo com o diretor da Defesa Civil do Estado, Jeferson de Almeida, a quantidade de chuvas deste ano ultrapassou a média histórica na maioria das cidades, inclusive na região de Ribeirão Preto.
Segundo ele, muitas das cidades não estavam preparadas estruturalmente para receber esse volume de chuvas, o que causou prejuízos.
Segundo a Somar Meteorologia, o principal motivo para o aumento no volume de chuvas é o posicionamento das frentes frias que se estacionaram sobre o Sudeste. Hoje, elas atuam com maior intensidade no sul da região, o que traz mais transtornos para o Estado de São Paulo, diferentemente de 2003 e 2004, onde atuaram mais ao norte do Sudeste.
Ontem, segundo o prefeito de Franca, Sidnei Rocha (PSDB), técnicos instalaram a segunda bomba para redistribuir água. Outras duas ainda serão instaladas.
A ponte da vicinal que liga a cidade a Claraval (MG), parcialmente destruída pelo rio, foi provisoriamente reconstruída. Uma pinguela foi erguida e agora passam carros e motos. Já as estradas vicinais de Serrana, Patrocínio Paulista e Santa Rosa de Viterbo permanecem intransitáveis.
Alguns representantes das cidades foram ontem até São Paulo marcar audiência com o governo do Estado para negociar um repasse de verba para a reparação dos danos.
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