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27/01/2007 - 11h05

Laudos sobre causas de acidente irão demorar 2 meses para ficar prontos

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ANDRÉ CARAMANTE
da Folha de S.Paulo

O IC (Instituto de Criminalística), órgão da Polícia Civil responsável por investigar as causas do acidente na futura estação Pinheiros do metrô, ocorrido dia 12, prevê a entrega dos laudos sobre o acidente (que fez sete vítimas) para daqui dois meses.

Ontem, pela primeira vez, dois peritos do IC, acompanhados de outros dois do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e um do Ministério Público Estadual, trabalharam por alguns instantes dentro da cratera, no ponto mais próximo de onde começou o desabamento.

Antes, apenas fotos do local haviam sido registradas. De acordo com José Domingos Moreira das Eiras, diretor do IC, o trabalho dos peritos ainda é arriscado, pois existe risco de mais desmoronamentos dentro da cratera. O Consórcio Via Amarela ainda faz a retirada da terra no local.

Depoimento

Dois engenheiros que foram à obra instantes depois do acidente, ambos da Odebrecht, uma das empresas que formam o Consórcio Via Amarela, foram interrogados ontem pelo delegado Dejair Rodrigues.

Outros três funcionários foram ouvidos pela polícia, que recebeu cópias do contrato para a execução da obra. Ao término dos depoimentos dos dois engenheiros, o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, contratado pelo Consórcio Via Amarela, disse que as causas do acidente ("falha humana ou um acontecimento fortuito", nas suas palavras) só poderão ser apontadas com os laudos periciais prontos.

O Consórcio Via Amarela informou em nota que já está sendo elaborado o projeto para a retomada das obras da futura estação Pinheiros. O projeto, diz a nota, será enviado ao Metrô para análise e aprovação.

De acordo com o consórcio, no momento está sendo feita a estabilização do terreno, que ainda sofre riscos de desmoronamento. A orientação sobre a estabilização do terreno, diz a Via Amarela, é "das autoridades que realizam a apuração sobre as causas do acidente".

O Metrô informou que as obras só deverão ser retomadas após a conclusão dos laudos. A construção das outras dez estações da linha 4-amarela segue com o cronograma original. Já o presidente do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), Vahan Agopyan, disse à Folha no início da semana que a continuidade das obras independe da elaboração do laudo, pois as evidências já foram perdidas no local.

Perueiros da cooperativa Transcooper e representantes do Via Amarela fecharam ontem um acordo de indenização, relativa à destruição do microônibus que foi soterrado. O valor não foi revelado.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o acidente nas obras do metrô
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