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26/10/2000
-
17h47
FABIANE LEITE
da Folha Online
A polícia não vai indiciar ninguém pelo acidente com dois trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) que matou nove pessoas e feriu mais de cem no dia 28 de julho em Perus, região noroeste de São Paulo, segundo o promotor criminal Airton Negrão, que acompanha o caso.
O delegado que preside o inquérito policial, Edvaldo Faria, titular do 46º Distrito Policial (Perus), não conseguiu individualizar a conduta culposa para poder indicar um responsável pelo acidente, disse Negrão.
"A responsabilidade criminal tem de ser individualizada", afirmou o promotor.
Faria limitou-se a dizer que "está correta" a informação do promotor, em uma conversa por telefone nesta tarde. Ele disse que estava em uma reunião e que não poderia falar mais.
No dia 9 de outubro, Faria deu uma entrevista coletiva em que afirmou que indiciaria o diretor operacional da companhia pelo acidente.
Naquele dia, Faria disse que ainda não sabia quem era a pessoas responsável pela área operacional e que enviaria ofício a CPTM realizando uma consulta.
O delegado havia acabado de receber laudo do IC (Instituto de Criminalística do Estado de São Paulo) que responsabilizou a área operacional da CPTM pelo acidente, principalmente por não serem disponibilizados calços nas composições até a data da tragédia e pela ausência de orientação aos maquinistas para que calçassem seus trens.
Procurado nas semanas seguintes pela Folha Online, Faria disse que ainda não havia enviado o ofício. No início desta semana, afirmou que o inquérito estava no fórum e que só falaria sobre o assunto em dez dias.
Segundo Negrão, foram ouvidos recentemente pela polícia o superintendente operacional da CPTM, o gerente de manutenção e o gerente de operações, cujos nomes ele não soube informar, mas o delegado não conseguiu individualizar responsabilidades sobre o acidente e por isto teria mudado de idéia sobre o indiciamento.
O promotor disse que quando receber o inquérito poderá pedir novas diligências para tentar individualizar responsabilidades e possivelmente apresentar denúncia.
O indiciamento será definido pela Justiça, disse o promotor.
Clique aqui para ler mais notícias sobre o acidente em Perus
Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online
Polícia não vai indiciar ninguém por choque de trens em Perus
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da Folha Online
A polícia não vai indiciar ninguém pelo acidente com dois trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) que matou nove pessoas e feriu mais de cem no dia 28 de julho em Perus, região noroeste de São Paulo, segundo o promotor criminal Airton Negrão, que acompanha o caso.
O delegado que preside o inquérito policial, Edvaldo Faria, titular do 46º Distrito Policial (Perus), não conseguiu individualizar a conduta culposa para poder indicar um responsável pelo acidente, disse Negrão.
"A responsabilidade criminal tem de ser individualizada", afirmou o promotor.
Faria limitou-se a dizer que "está correta" a informação do promotor, em uma conversa por telefone nesta tarde. Ele disse que estava em uma reunião e que não poderia falar mais.
No dia 9 de outubro, Faria deu uma entrevista coletiva em que afirmou que indiciaria o diretor operacional da companhia pelo acidente.
Naquele dia, Faria disse que ainda não sabia quem era a pessoas responsável pela área operacional e que enviaria ofício a CPTM realizando uma consulta.
O delegado havia acabado de receber laudo do IC (Instituto de Criminalística do Estado de São Paulo) que responsabilizou a área operacional da CPTM pelo acidente, principalmente por não serem disponibilizados calços nas composições até a data da tragédia e pela ausência de orientação aos maquinistas para que calçassem seus trens.
Procurado nas semanas seguintes pela Folha Online, Faria disse que ainda não havia enviado o ofício. No início desta semana, afirmou que o inquérito estava no fórum e que só falaria sobre o assunto em dez dias.
Segundo Negrão, foram ouvidos recentemente pela polícia o superintendente operacional da CPTM, o gerente de manutenção e o gerente de operações, cujos nomes ele não soube informar, mas o delegado não conseguiu individualizar responsabilidades sobre o acidente e por isto teria mudado de idéia sobre o indiciamento.
O promotor disse que quando receber o inquérito poderá pedir novas diligências para tentar individualizar responsabilidades e possivelmente apresentar denúncia.
O indiciamento será definido pela Justiça, disse o promotor.
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