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20/02/2007
-
09h22
LUÍS FERNANDO MANZOLI
da Folha Ribeirão
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
editor-assistente da Folha Ribeirão
Quando era um feto de quatro meses no útero da agricultora Cacilda Galante Ferreira, 36, Marcela de Jesus foi considerada "inviável" por ter anencefalia, uma má-formação que inibe o surgimento do cérebro no desenvolvimento do bebê.
Ontem, a menina completou 91 dias de vida e se tornou a criança com anencefalia com maior longevidade no Brasil, segundo a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), que diz ter existido, há cinco anos, no interior de Goiás, um menino que viveu três meses.
Segundo a entidade, metade dos bebês com anencefalia morre no útero da mãe --o restante vive poucas horas ou minutos após o parto. "A sobrevivência prolongada surpreende, mas o prognóstico ainda é o mesmo de quando ela nasceu", disse a pediatra Marcia Beani, que cuida de Marcela desde o parto, em 20 de novembro, em Patrocínio Paulista (SP).
Desde então, Marcela já teve problemas graves, como uma parada cardíaca, convulsões e febres, mas não apresenta intercorrências clínicas há 59 dias. Atualmente, a menina é alimentada com leite por sonda e respira com ajuda de um capacete de oxigênio. Como tem uma pequena parte, frontal, do cérebro, reage a estímulos, mas é incapaz de ter outras atividades cerebrais.
O presidente da Comissão de Aborto Previsto em Lei da Frebasgo, Jorge Andalaft Neto, afirmou que o tempo de vida do bebê "já é um recorde nacional". Porém, o otimismo deve vir com cautela. "Na medida em que a criança cresce, o cerebelo e o tronco cerebral não serão suficientes para segurar o desenvolvimento", disse.
Colaborou JORGE SOUFEN JR, da Folha Ribeirão
Especial
Leia o que já foi publicado sobre anencefalia
Menina anencéfala completa 91 dias, recorde no país
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da Folha Ribeirão
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
editor-assistente da Folha Ribeirão
Quando era um feto de quatro meses no útero da agricultora Cacilda Galante Ferreira, 36, Marcela de Jesus foi considerada "inviável" por ter anencefalia, uma má-formação que inibe o surgimento do cérebro no desenvolvimento do bebê.
Ontem, a menina completou 91 dias de vida e se tornou a criança com anencefalia com maior longevidade no Brasil, segundo a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), que diz ter existido, há cinco anos, no interior de Goiás, um menino que viveu três meses.
Segundo a entidade, metade dos bebês com anencefalia morre no útero da mãe --o restante vive poucas horas ou minutos após o parto. "A sobrevivência prolongada surpreende, mas o prognóstico ainda é o mesmo de quando ela nasceu", disse a pediatra Marcia Beani, que cuida de Marcela desde o parto, em 20 de novembro, em Patrocínio Paulista (SP).
Desde então, Marcela já teve problemas graves, como uma parada cardíaca, convulsões e febres, mas não apresenta intercorrências clínicas há 59 dias. Atualmente, a menina é alimentada com leite por sonda e respira com ajuda de um capacete de oxigênio. Como tem uma pequena parte, frontal, do cérebro, reage a estímulos, mas é incapaz de ter outras atividades cerebrais.
O presidente da Comissão de Aborto Previsto em Lei da Frebasgo, Jorge Andalaft Neto, afirmou que o tempo de vida do bebê "já é um recorde nacional". Porém, o otimismo deve vir com cautela. "Na medida em que a criança cresce, o cerebelo e o tronco cerebral não serão suficientes para segurar o desenvolvimento", disse.
Colaborou JORGE SOUFEN JR, da Folha Ribeirão
Especial
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