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22/02/2007
-
10h18
CLÁUDIA COLLUCCI
da Folha de S.Paulo
Após quatro meses e meio de internação em uma UTI neonatal, a menor menina já nascida no país teve alta no último sábado. Letícia nasceu com 26 cm e 395 g --chegou a 290 g após o parto-- e saiu da maternidade pesando 2,1 kg. Pôde, finalmente, reencontrar a irmã gêmea, Maria Eduarda, que tem o dobro do seu peso.
O menor menino do Brasil é o carioca Artur, que nasceu dois meses antes de Letícia, em agosto de 2006, com 385 g e 23 cm. No mundo, o menor bebê é a pequena Amilia, nascida em Miami (EUA) em outubro último, com 284 gramas e 24 cm, e deve ter alta nos próximos dias.
Poucos apostaram na sobrevivência de Letícia, revela a mãe Kátia Regina Krul, 28, que engravidou por meio de inseminação artificial após três anos de tentativas. "Aos quatro meses de gestação, o obstetra disse que ela não estava crescendo e que o esforço seria em salvar a Maria Eduarda", conta.
Dois meses depois, ela ouviria a mesma sentença ao chegar à maternidade com pré-eclâmpsia, motivada por pressão alta (23 por 16). "O parto teve que ser feito imediatamente porque nós três corríamos risco de vida. Ouvi dos médicos que a Letícia não sobreviveria porque era muito prematura."
Após o parto cesariana de urgência, Kátia permaneceu dois dias na UTI. Só então conseguiu ver as gêmeas na UTI neonatal. No quarto dia, teve alta e passou a visitar as filhas diariamente. "Foi terrível. Em um dia, uma estava ótima e a outra ruim. No outro, a situação se invertia. Foi um longo percurso até elas aprenderem a respirar, a mamar", afirma. No início de janeiro, Maria Eduarda teve alta, pesando 2,3 kg.
A irmã Letícia seguiu internada. Desde que nasceu, a pequena usou respirador artificial, cateteres para receber oxigênio e medicação, recebeu transfusão de sangue, remédios para maturação pulmonar e drogas vasoativas (dopamina), para as funções renais. Foi assistida por uma equipe de cardiologistas, neurologistas, infectologistas, oftalmologistas, enfermeiros e fisioterapeutas.
Segundo a médica Suely Dornellas do Nascimento, chefe da UTI neonatal da maternidade Santa Joana --onde os bebês nasceram e ficaram internados--, ainda é cedo para saber se Letícia ficará com seqüelas da prematuridade --como deficiências visual e auditiva, déficit de aprendizagem e problemas de coordenação motora. Hoje, a menina respira sozinha.
Sábado passado, Kátia realizou um desejo que alimentava desde que se descobriu grávida de gêmeas: fotografá-las juntas.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre nascimentos prematuros
Após 4 meses na UTI, menor menina do país tem alta
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da Folha de S.Paulo
Após quatro meses e meio de internação em uma UTI neonatal, a menor menina já nascida no país teve alta no último sábado. Letícia nasceu com 26 cm e 395 g --chegou a 290 g após o parto-- e saiu da maternidade pesando 2,1 kg. Pôde, finalmente, reencontrar a irmã gêmea, Maria Eduarda, que tem o dobro do seu peso.
O menor menino do Brasil é o carioca Artur, que nasceu dois meses antes de Letícia, em agosto de 2006, com 385 g e 23 cm. No mundo, o menor bebê é a pequena Amilia, nascida em Miami (EUA) em outubro último, com 284 gramas e 24 cm, e deve ter alta nos próximos dias.
Marcelo Ximenez/Folha Imagem |
Kátia Regina com as filhas gêmeas Letícia (de macacão branco) e Maria Eduarda |
Poucos apostaram na sobrevivência de Letícia, revela a mãe Kátia Regina Krul, 28, que engravidou por meio de inseminação artificial após três anos de tentativas. "Aos quatro meses de gestação, o obstetra disse que ela não estava crescendo e que o esforço seria em salvar a Maria Eduarda", conta.
Dois meses depois, ela ouviria a mesma sentença ao chegar à maternidade com pré-eclâmpsia, motivada por pressão alta (23 por 16). "O parto teve que ser feito imediatamente porque nós três corríamos risco de vida. Ouvi dos médicos que a Letícia não sobreviveria porque era muito prematura."
Após o parto cesariana de urgência, Kátia permaneceu dois dias na UTI. Só então conseguiu ver as gêmeas na UTI neonatal. No quarto dia, teve alta e passou a visitar as filhas diariamente. "Foi terrível. Em um dia, uma estava ótima e a outra ruim. No outro, a situação se invertia. Foi um longo percurso até elas aprenderem a respirar, a mamar", afirma. No início de janeiro, Maria Eduarda teve alta, pesando 2,3 kg.
A irmã Letícia seguiu internada. Desde que nasceu, a pequena usou respirador artificial, cateteres para receber oxigênio e medicação, recebeu transfusão de sangue, remédios para maturação pulmonar e drogas vasoativas (dopamina), para as funções renais. Foi assistida por uma equipe de cardiologistas, neurologistas, infectologistas, oftalmologistas, enfermeiros e fisioterapeutas.
Segundo a médica Suely Dornellas do Nascimento, chefe da UTI neonatal da maternidade Santa Joana --onde os bebês nasceram e ficaram internados--, ainda é cedo para saber se Letícia ficará com seqüelas da prematuridade --como deficiências visual e auditiva, déficit de aprendizagem e problemas de coordenação motora. Hoje, a menina respira sozinha.
Sábado passado, Kátia realizou um desejo que alimentava desde que se descobriu grávida de gêmeas: fotografá-las juntas.
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