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28/02/2007
-
19h06
da Folha Online
Um dia depois da morte de três franceses responsáveis pela ONG Terr'Ativa, em Copacabana (zona sul do Rio), a Polícia Civil vai começar a investigar a fraude na contabilidade da organização que teria motivado o crime.
Christian Doupes e Delphine Douyere, que eram casados, e Jérôme Faure foram assassinados na terça-feira (27) a facadas. Segundo a polícia, os três suspeitos Társio Wilson Ramires, 25, Luís Gonzaga Gonçalves de Oliveira, 28, e José Maciel Gonçalves Cardoso, 35, invadiram o apartamento onde a ONG funciona e mataram os três --que moravam no mesmo prédio-- quando eles chegaram.
O crime teria sido motivado por um desfalque de R$ 80 mil que Ramires --que trabalhava na Terr'Ativa-- havia dado na contabilidade de ONG. Segundo a polícia ele confessou o crime, mas disse que pretendia apenas "dar um susto" nos estrangeiros. O delegado Marcos Castro, da 12ª DP (Copacabana), no entanto, acredita que o crime foi premeditado.
"Eles estavam com facas, portanto sabia que iriam ocorrer assassinatos", explica. O delegado disse também que os três pretendiam atear fogo ao apartamento e tinham, mas só não conseguiram porque esqueceram os fósforos.
A polícia vai iniciar agora a investigação sobre os desfalques. Em seu depoimento, Ramires disse que havia desviado R$ 80 mil. "Ainda não temos como confirmar esse valor. As investigações sobre a fraude são mais demoradas", diz Castro. "Dependemos de informações bancárias e dados de cheques, por exemplo. Isso depende de autorização judicial", explica.
Ao confessar a fraude, Ramires tentou incriminar os franceses, dizendo que eles também eram responsáveis pelo desvio, hipótese que a polícia considera improvável. "O próprio contador da ONG disse que eles não tinham a ver com a fraude. Porque eles diriam para o contador averiguar os desvios se estivessem envolvidos?", conclui Castro.
Faculdade
Apontado como mentor do crime, Ramires já havia sido ajudado pela ONG e havia conseguido emprego nela devido a sua proximidade com os franceses. A Terra'Ativa teria, inclusive, pago as mensalidades do curso de administração para Ramires em uma universidade particular. Ele largou o curso no segundo ano.
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Polícia investiga fraude que motivou morte de franceses
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Um dia depois da morte de três franceses responsáveis pela ONG Terr'Ativa, em Copacabana (zona sul do Rio), a Polícia Civil vai começar a investigar a fraude na contabilidade da organização que teria motivado o crime.
Christian Doupes e Delphine Douyere, que eram casados, e Jérôme Faure foram assassinados na terça-feira (27) a facadas. Segundo a polícia, os três suspeitos Társio Wilson Ramires, 25, Luís Gonzaga Gonçalves de Oliveira, 28, e José Maciel Gonçalves Cardoso, 35, invadiram o apartamento onde a ONG funciona e mataram os três --que moravam no mesmo prédio-- quando eles chegaram.
Ricardo Moraes/AP |
Polícia apresenta máscaras usadas no crime |
"Eles estavam com facas, portanto sabia que iriam ocorrer assassinatos", explica. O delegado disse também que os três pretendiam atear fogo ao apartamento e tinham, mas só não conseguiram porque esqueceram os fósforos.
A polícia vai iniciar agora a investigação sobre os desfalques. Em seu depoimento, Ramires disse que havia desviado R$ 80 mil. "Ainda não temos como confirmar esse valor. As investigações sobre a fraude são mais demoradas", diz Castro. "Dependemos de informações bancárias e dados de cheques, por exemplo. Isso depende de autorização judicial", explica.
Ao confessar a fraude, Ramires tentou incriminar os franceses, dizendo que eles também eram responsáveis pelo desvio, hipótese que a polícia considera improvável. "O próprio contador da ONG disse que eles não tinham a ver com a fraude. Porque eles diriam para o contador averiguar os desvios se estivessem envolvidos?", conclui Castro.
Faculdade
Apontado como mentor do crime, Ramires já havia sido ajudado pela ONG e havia conseguido emprego nela devido a sua proximidade com os franceses. A Terra'Ativa teria, inclusive, pago as mensalidades do curso de administração para Ramires em uma universidade particular. Ele largou o curso no segundo ano.
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