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02/03/2007 - 11h35

Corpos de franceses mortos no Rio serão repatriados

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da Folha Online

Os familiares dos três franceses --o casal Christian Doupes e Delphine Douyere e o amigo Jérôme Faure-- que foram mortos a facadas em um apartamento, em Copacabana (zona sul do Rio), chegaram no começo da manhã desta sexta-feira ao aeroporto internacional do Rio. Segundo o Consulado Geral da França no Rio, os três corpos serão repatriados.

Vieram para cuidar do traslado dos corpos a mãe e o pai de Doupes, a mãe e o padrasto de Douyere e um irmão de Jérôme, ainda de acordo com o Consulado. Uma vez no Brasil, os parentes de Doupes e de Douyere assumem a guarda provisória do filho do casal --um menino de 2 anos. Desde o crime, ele está com um casal de amigos de seus pais.

Em nota divulgada na manhã desta sexta-feira, o cônsul-geral da França no Rio, Hugues Goisbault, informou que um ato ecumênico será realizado às 10h30 do próximo domingo (4), na Igreja São José, na Lagoa (zona sul do Rio), em homenagem aos franceses mortos.

Crime

O crime ocorreu na sede da ONG Terr'Ativa, na qual os três franceses e um dos suspeitos presos --Társio Wilson Ramires, 25-- trabalhavam. Nesta quinta, a Polícia Civil começou a investigar a suspeita de que Ramires tenha desviado R$ 80 mil das contas da instituição.

Ricardo Moraes/AP
Polícia apresenta máscaras usadas no crime
Polícia apresenta máscaras usadas no crime
De acordo com a Polícia Civil, em depoimento, Ramires confessou ter contratado os outros dois suspeitos presos --Luís Gonzaga Gonçalves de Oliveira, 28, e José Maciel Gonçalves Cardoso, 35-- para "dar um susto" nos estrangeiros. O delegado Marcos Castro, da 12ª DP (Copacabana), no entanto, acredita que o crime foi premeditado.

"Eles estavam com facas, portanto sabia que iriam ocorrer assassinatos", explica. O delegado disse também que os três pretendiam atear fogo ao apartamento, mas não conseguiram pois esqueceram de levar fósforos.

Ao confessar a fraude, Ramires tentou incriminar os franceses, dizendo que eles também eram responsáveis pelo desvio, hipótese que a polícia considera improvável. "O próprio contador da ONG disse que eles não tinham a ver com a fraude. Porque eles diriam para o contador averiguar os desvios se estivessem envolvidos?", conclui Castro.

Faculdade

Apontado como mentor do crime, Ramires já havia sido ajudado pela ONG e havia conseguido emprego nela devido a sua proximidade com os franceses. A Terra'Ativa teria, inclusive, pago as mensalidades do curso de administração para Ramires em uma universidade particular. Ele largou o curso no segundo ano.

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