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04/03/2007
-
12h13
CONSTANÇA TATSCH
da Folha de S.Paulo
"Minilipo", "Lipinho" ou "Lipo Light". Os nomes seduzem quem quer melhorar o corpo mas tem medo de cirurgia. Só que os especialistas afirmam: lipoaspiração é sempre lipoaspiração, com os seus riscos e benefícios.
Há uma semana, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica divulgou alerta no qual manifesta "preocupação" com o que chama de banalização das lipos de pequeno porte. Esses procedimentos são caracterizados por aspirarem menos gordura, em áreas menores do corpo.
"As pessoas, com o intuito de diminuir o risco, fazem uma minilipo. Mas não é tirando os fatores de segurança que vão se proteger", afirma o presidente da SBCP-SP, Antonio Graziosi.
"É lógico que quanto menor for a área lipoaspirada, menores serão os sangramentos e mais rápida será a recuperação. Mas os profissionais que divulgam a lipo com estes nomes querem dar a impressão de que é um procedimento simples, quando não é", diz o médico.
Segundo os especialistas, o procedimento deve ser feito por um cirurgião plástico. Outro cuidado importante é fazer uma avaliação completa do paciente, com exames de sangue, urina e coração para ver se a pessoa está em perfeitas condições de saúde.
A lipoaspiração deve ser feita em um ambiente cirúrgico --um hospital ou uma clínica muito bem equipada-- respeitando o procedimentos de assepsia (que evita a presença de germes) e pronto para qualquer eventualidade.
Outro conselho dos especialistas é garantir a presença de um anestesista, porque mesmo pequenas doses de anestesia podem desencadear, ainda que raramente, reações alérgicas.
A anestesia local, usada nas minilipos, tem um limite de duração e é importante lembrar que a lipo é um procedimento agressivo, que pode causar dor.
O cirurgião plástico Rolf Gemberli, do Hospital Israelita Albert Einstein, desaconselha fazer várias minilipos. "Se faz de um lado e depois do outro, perde-se o parâmetro de igualdade. Sai o mesmo preço, fica mais vezes dolorido e pode criar deformidades."
Entre os riscos ligados à lipoaspiração em si estão a possibilidade de tirar gordura demais e deixar o local um pouco afundado, a pele não retrair e ficar sobrando (quando não há elasticidade suficiente), ou restar um pouco de gordura, exigindo, assim, um retoque.
Complicações graves --como trombose venosa e embolia gordurosa-- ocorrem em só 0,05% dos casos.
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"Minilipo", "Lipinho" ou "Lipo Light". Os nomes seduzem quem quer melhorar o corpo mas tem medo de cirurgia. Só que os especialistas afirmam: lipoaspiração é sempre lipoaspiração, com os seus riscos e benefícios.
Há uma semana, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica divulgou alerta no qual manifesta "preocupação" com o que chama de banalização das lipos de pequeno porte. Esses procedimentos são caracterizados por aspirarem menos gordura, em áreas menores do corpo.
"As pessoas, com o intuito de diminuir o risco, fazem uma minilipo. Mas não é tirando os fatores de segurança que vão se proteger", afirma o presidente da SBCP-SP, Antonio Graziosi.
"É lógico que quanto menor for a área lipoaspirada, menores serão os sangramentos e mais rápida será a recuperação. Mas os profissionais que divulgam a lipo com estes nomes querem dar a impressão de que é um procedimento simples, quando não é", diz o médico.
Segundo os especialistas, o procedimento deve ser feito por um cirurgião plástico. Outro cuidado importante é fazer uma avaliação completa do paciente, com exames de sangue, urina e coração para ver se a pessoa está em perfeitas condições de saúde.
A lipoaspiração deve ser feita em um ambiente cirúrgico --um hospital ou uma clínica muito bem equipada-- respeitando o procedimentos de assepsia (que evita a presença de germes) e pronto para qualquer eventualidade.
Outro conselho dos especialistas é garantir a presença de um anestesista, porque mesmo pequenas doses de anestesia podem desencadear, ainda que raramente, reações alérgicas.
A anestesia local, usada nas minilipos, tem um limite de duração e é importante lembrar que a lipo é um procedimento agressivo, que pode causar dor.
O cirurgião plástico Rolf Gemberli, do Hospital Israelita Albert Einstein, desaconselha fazer várias minilipos. "Se faz de um lado e depois do outro, perde-se o parâmetro de igualdade. Sai o mesmo preço, fica mais vezes dolorido e pode criar deformidades."
Entre os riscos ligados à lipoaspiração em si estão a possibilidade de tirar gordura demais e deixar o local um pouco afundado, a pele não retrair e ficar sobrando (quando não há elasticidade suficiente), ou restar um pouco de gordura, exigindo, assim, um retoque.
Complicações graves --como trombose venosa e embolia gordurosa-- ocorrem em só 0,05% dos casos.
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