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06/03/2007
-
11h07
da Folha Online
A Polícia Civil desencadeou nesta terça-feira uma operação para cumprir 14 mandados de prisão e nove de busca e apreensão envolvendo roubo de carga. Batizada de Pirâmide, a operação envolve três Estados --São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo-- e é a maior já realizada no combate a roubo de carga no país, segundo o Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) da Polícia Civil de São Paulo.
Ainda não há informações sobre quantas pessoas foram presas. A polícia diz que um dos acusados, Clélio Luiz da Silva Ferreira, é dono de uma das maiores redes atacadistas do Brasil, a distribuidora Universe, de Contagem (MG). A empresa é citada pela revista "Distribuição", especializada no setor, como a oitava do país em faturamento.
Ferreira não foi encontrado na Universe e, segundo funcionários da empresa, não era possível localizá-lo. Até as 10h50, o departamento jurídico da distribuidora não atendia telefonemas.
O esquema movimentava R$ 6 milhões por mês, segundo o Deic, em bebidas, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, bicicletas, cosméticos e até bacalhau.
As quadrilhas vêm sendo investigadas desde dezembro, quando foi preso Wanderley Gallardo Rodrigues, acusado de receptar mercadoria roubada. Nesses três meses, cerca de 40 cargas foram roubadas.
Esquema
Os ladrões de carga se dividiam em grupos, segundo o Deic. O primeiro localizava cargas consideradas interessantes --de alto valor e venda fácil-- e a desviava, seja roubando, seja convencendo caminhoneiros a declará-la roubada e entregá-la ao grupo.
Um intermediário fazia o contato com os receptadores e, encontrando comprador, encaminhava a carga para depósitos de empresas transportadoras.
Depois, também segundo a polícia, um "noteiro" providenciava notas fiscais falsas para "esquentar" a mercadoria, que era transportada misturada a outros produtos regulares, o que dificultava ainda mais a fiscalização.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre roubo de cargas
Polícia Civil realiza operação contra roubo de carga em três Estados
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A Polícia Civil desencadeou nesta terça-feira uma operação para cumprir 14 mandados de prisão e nove de busca e apreensão envolvendo roubo de carga. Batizada de Pirâmide, a operação envolve três Estados --São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo-- e é a maior já realizada no combate a roubo de carga no país, segundo o Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) da Polícia Civil de São Paulo.
Ainda não há informações sobre quantas pessoas foram presas. A polícia diz que um dos acusados, Clélio Luiz da Silva Ferreira, é dono de uma das maiores redes atacadistas do Brasil, a distribuidora Universe, de Contagem (MG). A empresa é citada pela revista "Distribuição", especializada no setor, como a oitava do país em faturamento.
Ferreira não foi encontrado na Universe e, segundo funcionários da empresa, não era possível localizá-lo. Até as 10h50, o departamento jurídico da distribuidora não atendia telefonemas.
O esquema movimentava R$ 6 milhões por mês, segundo o Deic, em bebidas, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, bicicletas, cosméticos e até bacalhau.
As quadrilhas vêm sendo investigadas desde dezembro, quando foi preso Wanderley Gallardo Rodrigues, acusado de receptar mercadoria roubada. Nesses três meses, cerca de 40 cargas foram roubadas.
Esquema
Os ladrões de carga se dividiam em grupos, segundo o Deic. O primeiro localizava cargas consideradas interessantes --de alto valor e venda fácil-- e a desviava, seja roubando, seja convencendo caminhoneiros a declará-la roubada e entregá-la ao grupo.
Um intermediário fazia o contato com os receptadores e, encontrando comprador, encaminhava a carga para depósitos de empresas transportadoras.
Depois, também segundo a polícia, um "noteiro" providenciava notas fiscais falsas para "esquentar" a mercadoria, que era transportada misturada a outros produtos regulares, o que dificultava ainda mais a fiscalização.
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