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20/03/2007 - 20h03

Promotor acusado de matar rapaz vai permanecer no cargo

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da Folha Online

O Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo decidiu nesta terça-feira manter o promotor Tales Ferri Schoedl no cargo. Schoedl é acusado de matar um rapaz e ferir outro na Riviera de São Lourenço (litoral de São Paulo), em dezembro de 2004.

A corregedoria do Ministério Público havia emitido parecer pedindo o não-vitaliciamento do promotor, mas apenas cinco dos nove promotores acolheram a decisão. Para que o parecer fosse aprovado, seis promotores deveriam ter acompanhado o corregedor.

No Ministério Público, cada promotor se torna vitalício no cargo depois de exercer a carreira por dois anos. Quando o crime ocorreu, Schoedl era promotor substituto, em Iguape (litoral de São Paulo), havia apenas um ano e três meses. No caso dele, portanto, o não-vitaliciamento significaria a expulsão do órgão.

O procurador-geral de Justiça do Estado --chefe do Ministério Público--, Rodrigo César Rebello Pinho, disse ser a favor da expulsão e esperar que a corregedoria recorra da decisão junto ao Órgão Especial.

Exoneração

O promotor havia sido exonerado em agosto de 2005, mas, em janeiro do ano passado, uma liminar concedida pelo desembargador Canguçu de Almeida, vice-presidente do TJ (Tribunal de Justiça), reconduziu o promotor ao cargo. Apesar disso, ele não pôde exercer suas funções.

Crime

O assassinato ocorreu na saída de um luau. As vítimas faziam parte de um grupo que teria mexido com a namorada de Schoedl. Ele foi preso horas depois do crime e alegou legítima defesa.

O acusado disse que foi cercado após uma discussão e que disparou contra o chão, para dispersar os rapazes, que teriam imaginado que as balas eram de festim. Acuado, então, ele atirou na direção dos jovens.

Entretanto, ao contrário da versão apresentada por Schoedl, testemunhas ouvidas pela polícia disseram que, após passar pelo grupo de jovens, o promotor iniciou uma discussão, por achar que eles olharam para sua namorada. Em seguida, teria sacado a arma, atirado no chão e depois na direção dos garotos. Diego Mendes, 20, que era jogador de basquete, não resistiu aos ferimentos e morreu.

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