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26/03/2007 - 09h18

Cresce rejeição ao governo de Kassab

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EVANDRO SPINELLI
da Folha de S.Paulo

Cresceu a rejeição da população de São Paulo à gestão do prefeito Gilberto Kassab (PFL), que completa um ano de mandato no próximo sábado, segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 19 e 20.

Entre a pesquisa anterior, em julho de 2006, e agora, o índice de paulistanos que julgam ruim ou péssimo o governo Kassab passou de 33% para 42%, uma variação de nove pontos percentuais. A margem de erro da pesquisa, que ouviu 1.092 pessoas com mais de 16 anos em São Paulo, é de três pontos, para mais ou para menos.

Já a aprovação ao prefeito oscilou dentro da margem de erro: passou de 16% para 15% o percentual de paulistanos que acham a gestão boa ou ótima.

Os paulistanos deram nota média de 3,9 para Kassab. Para 20%, o prefeito merece nota zero. Apenas 2% deram nota 10.

A rejeição e a aprovação a Kassab são idênticas às de Celso Pitta (1997-2000), após um ano de gestão. Mas ele deixou o cargo com 81% de rejeição. José Serra (PSDB) e Marta Suplicy (PT) tinham índices bem melhores após um ano no cargo. Marta, ao final de 2001, era aprovada por 28% e rejeição por 34% dos paulistanos. Serra tinha 41% de ótimo ou bom e 23% de ruim ou péssimo em dezembro de 2005.

Consideram Kassab regular 36% dos entrevistados; 7% não souberam avaliar sua gestão.

Em julho, 12% não souberam avaliar o prefeito. Em maio, com menos de dois meses de gestão, o índice era de 26%. Isso mostra que Kassab ficou mais conhecido ao mesmo tempo em que cresceu a rejeição.

O crescimento da avaliação negativa de seu mandato ocorre no período em que Kassab se esforçou por ser mais conhecido e, ao mesmo tempo, melhorar sua imagem e tornar viável sua reeleição em 2008.

A pesquisa aponta que ele não tem sido bem sucedido nesse esforço. "Com essa avaliação negativa, a candidatura dele é inviável", diz Mauro Paulino, diretor do Datafolha.

Parte da rejeição se deve ao episódio que mais marcou esse primeiro ano de Kassab. Foi quando, para demonstrar autoridade, o prefeito expulsou aos gritos de "vagabundo", de um posto de saúde, um homem que supostamente protestava. A repercussão do ato foi negativa.

"Foi quando o prefeito mais apareceu na mídia, e de uma maneira negativa", diz Paulino.

O primeiro ano de Kassab foi marcado ainda pela Lei Cidade Limpa, que quase extinguiu a propaganda nas ruas e patina em decisões judiciais contrárias. Outra marca foi o reajuste da tarifa de ônibus acima da inflação, que gerou protestos.

Kassab assumiu em 31 de março de 2006, quando Serra saiu para disputar o governo.

Na ocasião, ele era desconhecido da maior parte da população. Pesquisa Datafolha de abril de 2006 mostrava que apenas 23% sabiam o nome do prefeito. Na mesma pesquisa, 26% apostavam que Kassab teria uma gestão boa ou ótima, e 17%, ruim ou péssima.

Kassab passou a maior parte do primeiro ano de sua gestão à sombra de Serra, sem projeto nem equipe próprios. Ao deixar o governo, o governador era aprovado por 56% e reprovado por 8% dos moradores.

Os números mostram que o paulistano vê uma forte ligação entre Serra e Kassab. Entre os que rejeitam a gestão do tucano, 73% também avaliam o prefeito como ruim ou péssimo .

Entre os que consideram Kassab ruim ou péssimo, 46% também rejeitam o governo de Serra. Além disso, 66% dos moradores que julgam o prefeito bom ou ótimo têm a mesma avaliação sobre o governador.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre pesquisas do DataFolha
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