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11/04/2007
-
13h55
FAUSTO SALVADORI FILHO
da Folha Online
Os servidores administrativos da Polícia Federal fazem uma paralisação de 24 horas nesta quarta-feira, afetando a emissão de passaportes, a prorrogação de vistos e o registro de armas, além de serviços internos.
A categoria, formada por cerca de 3.700 funcionários na ativa, protesta contra a terceirização dos servidores e reivindica a reestruturação da carreira, com equiparação salarial aos outros órgãos administrativos e a criação de um plano de carreira.
"Não é uma afronta à direção da Polícia Federal ou à sociedade. Queremos mostrar nosso descontentamento com a demora do governo em estruturar nossa carreira", afirmou Pauleana Martins Nunes, diretora de Assistência Social do SINPECPF (Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da PF).
A diretora ainda não sabe quantos servidores participaram da paralisação, iniciada às 9h desta quarta, mas afirma que a adesão "chegou a quase 100%". Segundo ela, a adesão foi total nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Bahia, Sergipe e Amapá.
A assessoria de imprensa do sindicato, contudo, reconhece que o movimento pode passar despercebido pelo público nos Estados em que a terceirização dos servidores é muito avançada, como São Paulo (onde, segundo o sindicato, há "um servidor concursado para cada cinco terceirizados").
Por telefone, a reportagem não conseguiu entrar em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Federal.
Desvio de função
Uma das principais reclamações diz respeito aos salários. "Médicos, psicólogos, engenheiros e outros profissionais com cargo superior recebem todos menos de R$ 2.000", disse Pauleana. Segundo a sindicalista, 550 dos 1.600 servidores adminstrativos nomeados pelo último concurso, em 2003, já pediram exoneração para trabalhar em outras carreiras públicas.
A evasão dos servidores administrativos obrigou muitos policiais a abandonarem seus postos para substituir os técnicos ausentes, de acordo com o sindicato. "Há um problema grave de desvio de função. Hoje, 30% dos policiais federais ocupam cargos administrativos", denuncia a diretora.
A principal reivindicação dos servidores administrativos é a aprovação de um plano de reestruturação da carreira, enviado em outubro do ano passado pelo diretor-geral da PF ao Ministério da Justiça. O plano, de acordo com o sindicato, está parado na Casa Civil e no Ministério do Planejamento, mas será levado ao Congresso para aprovação.
Os servidores em greve concentraram-se ao longo do dia em frente à sede da Polícia Federal, em Brasília. No final desta tarde, eles farão uma assembléia para decidir os próximos passos do movimento.
Policiais
No final de março, policiais federais promoveram uma paralisação de 24 horas para protestar contra o não-cumprimento de um acordo para reajuste salarial firmado em 2006.
O acordo previa o pagamento de 60% de reajuste aos policiais, dividido em duas parcelas. Porém, a segunda parcela, que deveria ter sido quitada em dezembro, ainda não foi paga.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Polícia Federal
Leia o que já foi publicado sobre greve de servidores
Servidores da Polícia Federal fazem paralisação de 24 horas
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da Folha Online
Os servidores administrativos da Polícia Federal fazem uma paralisação de 24 horas nesta quarta-feira, afetando a emissão de passaportes, a prorrogação de vistos e o registro de armas, além de serviços internos.
A categoria, formada por cerca de 3.700 funcionários na ativa, protesta contra a terceirização dos servidores e reivindica a reestruturação da carreira, com equiparação salarial aos outros órgãos administrativos e a criação de um plano de carreira.
"Não é uma afronta à direção da Polícia Federal ou à sociedade. Queremos mostrar nosso descontentamento com a demora do governo em estruturar nossa carreira", afirmou Pauleana Martins Nunes, diretora de Assistência Social do SINPECPF (Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da PF).
A diretora ainda não sabe quantos servidores participaram da paralisação, iniciada às 9h desta quarta, mas afirma que a adesão "chegou a quase 100%". Segundo ela, a adesão foi total nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Bahia, Sergipe e Amapá.
A assessoria de imprensa do sindicato, contudo, reconhece que o movimento pode passar despercebido pelo público nos Estados em que a terceirização dos servidores é muito avançada, como São Paulo (onde, segundo o sindicato, há "um servidor concursado para cada cinco terceirizados").
Por telefone, a reportagem não conseguiu entrar em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Federal.
Desvio de função
Uma das principais reclamações diz respeito aos salários. "Médicos, psicólogos, engenheiros e outros profissionais com cargo superior recebem todos menos de R$ 2.000", disse Pauleana. Segundo a sindicalista, 550 dos 1.600 servidores adminstrativos nomeados pelo último concurso, em 2003, já pediram exoneração para trabalhar em outras carreiras públicas.
A evasão dos servidores administrativos obrigou muitos policiais a abandonarem seus postos para substituir os técnicos ausentes, de acordo com o sindicato. "Há um problema grave de desvio de função. Hoje, 30% dos policiais federais ocupam cargos administrativos", denuncia a diretora.
A principal reivindicação dos servidores administrativos é a aprovação de um plano de reestruturação da carreira, enviado em outubro do ano passado pelo diretor-geral da PF ao Ministério da Justiça. O plano, de acordo com o sindicato, está parado na Casa Civil e no Ministério do Planejamento, mas será levado ao Congresso para aprovação.
Os servidores em greve concentraram-se ao longo do dia em frente à sede da Polícia Federal, em Brasília. No final desta tarde, eles farão uma assembléia para decidir os próximos passos do movimento.
Policiais
No final de março, policiais federais promoveram uma paralisação de 24 horas para protestar contra o não-cumprimento de um acordo para reajuste salarial firmado em 2006.
O acordo previa o pagamento de 60% de reajuste aos policiais, dividido em duas parcelas. Porém, a segunda parcela, que deveria ter sido quitada em dezembro, ainda não foi paga.
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