Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
14/04/2007 - 10h45

Para França, turista no Brasil deve ter R$ 50 para o ladrão

Publicidade

SÉRGIO RANGEL
da Folha de S.Paulo, no Rio

A Embaixada da França adverte: viajar ao Brasil pode ser muito perigoso. Em sua página na internet, ainda aconselha aos turistas: no país, reserve uma nota de R$ 50 para entregar, sem pestanejar, ao ladrão em caso de assalto.

Na internet, a embaixada lista 14 conselhos gerais de segurança para cidadãos franceses que viajam ao país, orienta para as providências em caso de roubo e agressão e alerta até para as tentativas de extorsão por telefone. Neste ano, quatro franceses foram assassinados no Rio. Os crimes causaram comoção na França.

A embaixada dá dicas específicas para quem vai a Brasília, São Paulo, Recife e Rio, com os locais mais perigosos de cada cidade e os principais crimes a que os turistas estão sujeitos.

Em São Paulo, por exemplo, alerta para os perigos de assalto a mão armada nas estradas que levam às praias e afirma que o litoral paulista é tão perigoso quanto o carioca.

"Recomenda-se muita atenção aos indivíduos posicionados nas lombadas de velocidade", salienta.

Em São Paulo, a embaixada lista a praça da República, a da Sé e a Estação da Luz como zonas de risco. O texto no sítio na internet diz para os franceses evitarem essas regiões de noite.

No Rio, a embaixada pede para que evitem a Vista Chinesa e Santa Teresa, duas áreas com pontos turísticos, e vias mais violentas, como a avenida Brasil e as linhas Vermelha e Amarela. "Esse tipo de aviso para guardar dinheiro a dar ao ladrão é uma besteira. Porque podemos ficar até mais visados", disse Carole Sanches, turista francesa e que passeava ontem pelo Pão de Açúcar.

O relatório também consta no site do Ministério das Relações Exteriores francês. Acessada por turistas, a página contém informações também com alertas semelhantes para turistas em outros países, como Rússia (sugere especial cuidado em aglomerações como mercados e praças) e África do Sul (aponta o perigo de o turista andar à noite sozinho e ser assaltado no trânsito).

Em março, o músico Sebastien Emmanuel Jerome Gressez, 28, foi morto na via Dutra, após uma suposta tentativa de assalto. Ele fazia uma turnê pelo Brasil com a sua banda.

Em fevereiro, o casal Christian Doupes e Delphine Douyere e o amigo Jérôme Faure foram assassinados no escritório da ONG Terr"Ativa --que os franceses administravam-- em Copacabana, zona sul. O crime teria sido planejado por Társio Ramires, então funcionário da ONG Terr'Ativa para acobertar desfalque de R$ 80 mil.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre assaltos no Rio
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página