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24/04/2007 - 15h00

Lupi deve interceder junto ao governo para reverter punições no Metrô

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IVONE PORTES
da Folha Online

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, deve interceder junto ao governo do Estado de São Paulo para tentar reverter as punições aplicadas a cinco funcionários do metrô após a paralisação desta segunda-feira.

"A Delegacia Regional do Trabalho foi comunicada e agora já está se movimentando para se inteirar da situação e entrar em contato com partes do Estado", disse o ministro, que esteve hoje na Força Sindical, em São Paulo.

O ministro afirmou, entretanto, que vai aguardar um relatório da delegacia regional sobre as punições antes de fazer qualquer interferência. "Se não houver uma solução [a partir da delegacia], daí eu entro no caso", disse.

Segundo Flávio Godoy, presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, os cinco funcionários "foram demitidos pelo Metrô paulista", acusados de terem praticado sabotagem durante a paralisação de ontem. O metrô, porém, não confirmou as demissões.

De acordo com Godoy, os cinco "demitidos" são ligados ao Sindicato dos Metroviários: Paulo Pasin (vice-presidente do sindicato), Pedro Augustinelli Filho (secretário-geral), Ronaldo Campos (diretor de Saúde), Alex Fernandes (diretor de Esportes, Cultura e Lazer) e Ciro Moraes (representante do conselho).

Na segunda-feira (23), por meio de uma nota, o Metrô acusou Pasin de ter cortado o abastecimento de energia elétrica na estação da Sé, no centro; e, sem citar nomes, acusou outros quatro sindicalistas de terem invadido túneis e a cabine de uma composição, na estação Palmeiras-Barra Funda, na zona oeste.

Godoy afirmou que as centrais sindicais estão se mobilizando para fazer também uma articulação com os deputados, com o intuito de reverter a situação dos cinco funcionários do metrô e garantir o direito de greve dos trabalhadores.

A paralisação de ontem do metrô e dos motoristas de ônibus de São Paulo durou cerca de duas horas. O protesto teve como objetivo chamar a atenção da sociedade e apoiar o veto do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva à emenda 3, considerada pela categoria um estímulo à terceirização.

A emenda foi incluída por parlamentares na lei que criou a Super-Receita. Trata-se de uma proibição para que auditores fiscais multem e tenham o poder para desfazer pessoas jurídicas quando entenderem que a relação de prestação de serviços com uma outra empresa é, na verdade, uma relação trabalhista. Pelo texto aprovado no Congresso Nacional, apenas a Justiça do Trabalho teria esse poder.

Mais de 34 mil motoristas e cobradores de ônibus e metroviários da cidade de São Paulo participaram da paralisação ocorrida no final da madrugada desta segunda, conforme estimativas dos sindicatos.

O governador de São Paulo, José Serra, classificou a paralisação dos metroviários e motoristas de ônibus de "greve política" e "lamentável". Apenas entre os usuários do metrô, foram 180 mil prejudicados, segundo o governo.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a "emenda 3"
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