08/05/2007 - 10h15

Ladrões tentam furtar pavão branco de zoológico no interior de SP

Colaboração para a Folha Ribeirão

Um guarda municipal teve o dedo decepado por ladrões no final de semana em Ribeirão Preto (314 km ao norte de São Paulo) ao tentar evitar o furto de um pavão por ladrões que invadiram o zoológico do Bosque Municipal.

Na madrugada do último domingo, dois homens armados com um facão e um canivete invadiram o local --eles também tentaram roubar carpas do Jardim Japonês.

Danelle Castro/Folha Imagem

Pavão branco vira alvo de bandidos em um bosque de Ribeirão Preto (interior paulista)

O guarda municipal Celso Pacagnela, 52, teve o dedo indicador da mão esquerda decepado quando tentou impedir os bandidos --ele foi levado ao Hospital Santa Lydia, onde passou por cirurgia para estancar o sangramento. O dedo não foi encontrado. Apesar da tentativa de furto, nenhum animal foi levado, e ninguém foi preso.

Segundo a polícia, os fugitivos deixaram para trás uma garrafa de cachaça, uma trouxinha de maconha, uma rede de pesca, o pavão amarrado dentro de um saco, o facão e o canivete.

O bosque possui 23 pavões, sendo quatro brancos, que ficam soltos. O chefe de educação ambiental do bosque, Alexandre Gouveia, afirmou que não vê motivo aparente para o crime.

Já a bióloga responsável pelo zoológico, Marisa dos Santos, disse que o valor dos animais é baixo, já que as carpas do lago não são puras e os pavões brancos são fêmeas e, portanto, suas penas são pouco cobiçadas.

"Nem os machos [pavões] estão com as penas atraentes, porque a plumagem só começa a nascer no final de junho, perto da época de reprodução", disse a bióloga. A ave também não é rara, nem ameaçada.

Ocorrências

Essa não foi a primeira vez em que o zoológico foi invadido. A última ocorrência foi em 2006, quando um gato-do-mato foi roubado. Gouveia afirma acreditar que as grades que cercam o bosque são insuficientes para manter a segurança no local, pois podem ser facilmente cortadas por invasores.

O zoológico possui 19 mil m2 e, durante a noite, é protegido por dois vigias da prefeitura e um guarda municipal. Não há câmeras de segurança, e a iluminação é precária.

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