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12/05/2007 - 18h01

Mães fazem cursos para ser supermães

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DANIELA TÓFOLI
da Folha de S.Paulo

Foi à base do instinto que a dentista Sandra Crosio, 60, aprendeu a ser mãe. Quando teve Júlia, 24, sua primeira e única filha, não havia cursos preparatórios para gestantes, tão comuns hoje nas maternidades (em alguns casos, eles ensinam até sobre saúde bucal de recém-nascidos, como no oferecido pelo hospital São Luiz).

Sem ajuda que não fosse a do marido, ela foi aprendendo a ser mãe. Até que a filha chegou à puberdade e os conflitos da fase levaram Sandra a procurar um workshop para pais de adolescentes. Foi o primeiro curso para mães que fez na vida.

A advogada Rita de Cássia Belinasi Solano, 34, é mãe de Davi, de cinco meses. Durante a gravidez, saía da pós-graduação e corria para cursos de preparação para o parto, de shantala (massagem indiana para bebês) e de segurança doméstica.

"As mulheres começam a perceber que, assim como se preparam para o mercado de trabalho, também podem se preparar para a maternidade", diz Dóris Barg, idealizadora da Mammy To be, espaço voltado para grávidas e mães.

Lucila Camargo, fundadora do Instituto Vida Excelente, responsável pelas aulas a pais de adolescentes, diz que a procura é grande. "Recebo pais de crianças de nove anos já preocupados em se preparar para a adolescência dos filhos."

Nas cinco semanas do curso, as mães aprendem sobre as mudanças físicas dos jovens, discutem temas como autoridade e a importância da transgressão e participam de brincadeiras nas quais simulam voltar à adolescência.

"Antes, as mães se encontravam na porta do colégio e tinham tempo de conversar e se ajudar. Agora, é preciso formar grupos para troca de informações", afirma Analy Uriart, 41, co-fundadora do grupo de amamentação do Gama (Grupo de Apoio à Maternidade Ativa).

Mãe de três crianças, a mais nova com seis meses, ela sentia falta de conversar com outras mulheres e discutir, principalmente, questões ligadas ao aleitamento. "Mesmo no terceiro filho, a gente tem dúvida", diz.

O aprendizado não significa que é preciso abdicar da carreira. A maioria desses cursos (que custam de R$ 84 a R$ 500) acontece à noite e aos fins de semana. "Mais de 90% das nossas clientes trabalham fora", diz Dóris Barg.

Mãe de primeira viagem, Laureana Piragine, 32, já fazia cursos aos três meses de gestação. Fez os de preparação para o parto, ioga e shantala, e fará o de segurança doméstica. "Farei todos os cursos que puder", diz.

Especialistas alertam para o exagero. "Não se pode esperar que um curso dite regras prontas", diz Magdalena Ramos, terapeuta familiar e professora da PUC-SP. Para ela, melhor do que perder horas em muitas aulas é usar o tempo livre para estar com o filho. "Passar uma hora ao lado da criança ou do jovem, brincando, conversando, pode ser mais enriquecedor do que qualquer curso."

CURSOS PARA MÃES

- Mammy To be: oferece cursos variados, que vão da preparação para o parto (R$ 120 o casal no módulo de quatro horas) até sobre a importância do brincar (R$ 84 por três horas).
- Instituto Vida Excelente: duas vezes por ano oferece o workshop para mães de adolescentes. O próximo será em junho, com preço ainda não definido.
- Hospital São Luiz: tem cursos para gestantes há 20 anos (o custo vai de R$ 170 até R$ 230, dependendo da carga horária) e também um tira-dúvidas pós-parto gratuito pelo telefone (11) 3040.1649.
- Grupo de Apoio à Maternidade Ativa: oferece diversos serviços, como o curso de shantala (R$ 98 por três horas), e os encontros de amamentação (gratuitos todas as sextas, entre 14h e 18h).

CURSOS PARA BABÁS

- Clínica Femmina: www.femmina-sp.com.br
- Regina Elia: www.escolareginaelia.com.br
- As Três Marias: www.astresmarias.com.br
- Kanguruh: www.kanguruh.com.br

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