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13/11/2000
-
20h26
WAGNER OLIVEIRA
da Agência Folha, em Curitiba
A Justiça determinou no final da tarde de hoje o afastamento temporário do prefeito de Maringá (PR), Jairo Gianoto (PSDB), suspeito de envolvimento no esquema de desvio de dinheiro da administração municipal.
A liminar foi concedida pelo juiz Mário Seto Tekaguma, da 1ª Vara Cível de Maringá (PR), ao analisar denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual. O afastamento durará até o trâmite final da ação na Justiça.
A assessoria de imprensa informou que o prefeito não havia sido comunicado da decisão até as 19h. De acordo ainda com assessores, o prefeito vai recorrer da decisão junto ao Tribunal de Justiça, em Curitiba (PR), pois não está envolvido com as irregularidades.
Enquanto Gianoto estiver afastado, assume o cargo o presidente da Câmara Municipal, João Alves Côrrea (PMDB). A cidade não tem um vice-prefeito.
A denúncia contra o prefeito foi apresentada pelo promotor José Aparecido da Cruz, que, em investigações preliminares, apontou o desaparecimento de R¹ 3,1 milhões dos cofres públicos municipais. O promotor continua a investigação, pois há suspeita de que os desvios de dinheiro público podem ser bem maiores que os já apurados.
De acordo com as investigações feitas pelo Ministério Público até o momento, somente nas contas particulares do prefeito, foram descobertos R¹ 549 mil, depositados entre outubro de 1997 e março de 1999.
Segundo o relatório da promotoria, o esquema de desvio na Prefeitura de Maringá (norte do Paraná) era comandado pelo ex-secretário municipal de Fazenda Luís Antonio Paolicchi, que está foragido e teve a prisão temporária decretada pela Justiça Federal.
No processo estão sendo denunciados também o ex-diretor e depois secretário Jorge Aparecido Sossai, o advogado Waldemir Ronaldo Corrêa e a ex-tesoureira da prefeitura, Rosimeire Castelhano Barbosa. Todos os acusados negam participação no esquema.
O Ministério Público acha que o valor do rombo é bem maior e continua apurando o escândalo. Gianoto, Paolicchi, Corrêa, Sossai e Rosimeire estão sendo denunciados civil e criminalmente.
Após a descoberta do escândalo há cerca de 60 dias, o prefeito declarou que desconhecia os desvios de verba. Ele afirmou que fora enganado pelo seu ex-secretário da Fazenda e tinha como comprovar com documentos que não tem cumplicidade com o caso.
Licença
No final do mês passado, o prefeito Gianoto pediu licença por tempo indeterminado do cargo. O pedido foi uma manobra para evitar ser afastado judicialmente. No dia seguinte, o presidente da Câmara Municipal, João Alves Correia (PMDB), assumiu a prefeitura da cidade.
A justificativa de Gianoto para o pedido de licença era o interesse em facilitar o trabalho de auditores do Tribunal de Contas do Paraná no município.
Uma equipe do tribunal analisa as contas do município. A auditoria aconteceu após pedido formal do Ministério Público do Paraná.
Justiça afasta prefeito de Maringá (PR) do cargo
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da Agência Folha, em Curitiba
A Justiça determinou no final da tarde de hoje o afastamento temporário do prefeito de Maringá (PR), Jairo Gianoto (PSDB), suspeito de envolvimento no esquema de desvio de dinheiro da administração municipal.
A liminar foi concedida pelo juiz Mário Seto Tekaguma, da 1ª Vara Cível de Maringá (PR), ao analisar denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual. O afastamento durará até o trâmite final da ação na Justiça.
A assessoria de imprensa informou que o prefeito não havia sido comunicado da decisão até as 19h. De acordo ainda com assessores, o prefeito vai recorrer da decisão junto ao Tribunal de Justiça, em Curitiba (PR), pois não está envolvido com as irregularidades.
Enquanto Gianoto estiver afastado, assume o cargo o presidente da Câmara Municipal, João Alves Côrrea (PMDB). A cidade não tem um vice-prefeito.
A denúncia contra o prefeito foi apresentada pelo promotor José Aparecido da Cruz, que, em investigações preliminares, apontou o desaparecimento de R¹ 3,1 milhões dos cofres públicos municipais. O promotor continua a investigação, pois há suspeita de que os desvios de dinheiro público podem ser bem maiores que os já apurados.
De acordo com as investigações feitas pelo Ministério Público até o momento, somente nas contas particulares do prefeito, foram descobertos R¹ 549 mil, depositados entre outubro de 1997 e março de 1999.
Segundo o relatório da promotoria, o esquema de desvio na Prefeitura de Maringá (norte do Paraná) era comandado pelo ex-secretário municipal de Fazenda Luís Antonio Paolicchi, que está foragido e teve a prisão temporária decretada pela Justiça Federal.
No processo estão sendo denunciados também o ex-diretor e depois secretário Jorge Aparecido Sossai, o advogado Waldemir Ronaldo Corrêa e a ex-tesoureira da prefeitura, Rosimeire Castelhano Barbosa. Todos os acusados negam participação no esquema.
O Ministério Público acha que o valor do rombo é bem maior e continua apurando o escândalo. Gianoto, Paolicchi, Corrêa, Sossai e Rosimeire estão sendo denunciados civil e criminalmente.
Após a descoberta do escândalo há cerca de 60 dias, o prefeito declarou que desconhecia os desvios de verba. Ele afirmou que fora enganado pelo seu ex-secretário da Fazenda e tinha como comprovar com documentos que não tem cumplicidade com o caso.
Licença
No final do mês passado, o prefeito Gianoto pediu licença por tempo indeterminado do cargo. O pedido foi uma manobra para evitar ser afastado judicialmente. No dia seguinte, o presidente da Câmara Municipal, João Alves Correia (PMDB), assumiu a prefeitura da cidade.
A justificativa de Gianoto para o pedido de licença era o interesse em facilitar o trabalho de auditores do Tribunal de Contas do Paraná no município.
Uma equipe do tribunal analisa as contas do município. A auditoria aconteceu após pedido formal do Ministério Público do Paraná.
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