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29/11/2000 - 18h43

Entidades criticam defesa de coronel Ubiratan

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da Folha Online

Entidades de direitos humanos criticaram a defesa do coronel da reserva Ubiratan Guimarães, que comandou a invasão no pavilhão 9 do Carandiru, em outubro de 1992. A ação terminou com a morte de 111 presos.

Durante interrogatório, Guimarães disse que ordenou a invasão no Carandiru porque queria salvar vidas. Segundo o coronel da reserva, o fogo que se espalhava pelo pavilhão era sua principal preocupação.

O vereador Ítalo Cardoso, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal, ironizou a defesa de Guimarães. "Se cada vez que ele for salvar alguém deixar um rastro de 111 mortos, pelo amor de Deus."

Para o diretor da Justiça Global, James Cavallaro, falar que queria "salvar vidas" faz parte da estratégia de defesa de Guimarães. "A defesa está sendo um ataque, mostra um desespero do réu. O que ele quer dizer é que 'entramos e matamos, senão teria acontecido uma guerra com muito mais feridos'", disse.

"Indiretamente ele quer dizer que os bandidos eram perigosos e que mereciam morrer."

O coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Ariel de Castro Alves, disse que a defesa do coronel da reserva é uma postura "comum entre policiais militares".

"Isso faz parte da estratégia de defesa. É uma postura que se aprende na corporação, mas naquele momento sabemos que a conduta estava destinada a matar", afirmou. "A afirmação dele foi muito irônica e não condiz com o resultado prático."

 

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