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30/11/2000
-
18h09
MILENA BUOSI
da Folha Online
Ladrões furtaram, na madrugada de ontem, tudo o que havia na sede da OAF (Organização de Auxílio Fraterno), na rua dos Estudantes, 477, centro de São Paulo. A ONG (Organização Não-Governamental) trabalha há mais de 40 anos com moradores de rua adultos. A invasão ocorreu no mesmo dia do lançamento de uma exposição de fotos de algumas pessoas auxiliadas pela entidade.
Ao todo foram furtados 24 objetos. Entre eles, dois telefones, duas tevês, dois computadores, um fogão, uma máquina fotográfica, um botijão de gás e até um microfone sem fio. Além disso, foram levados R$ 2.000 em dinheiro, que estavam no cofre da OAF. Os ladrões chegaram a arrombar o portão de ferro da casa.
Moradores de rua disseram ter visto os ladrões levando o material furtado em carrinhos de mão. Os ladrões seriam moradores da própria região, segundo os sem-teto, que não quiseram prestar depoimento à polícia com medo de vingança dos assaltantes.
O caso foi registrado do 1º DP (Sé).
"A polícia falou que, como não há testemunhas, não poderia fazer nada", disse a presidente da entidade, Maria Antonieta Rudge do Amaral. "No Boletim de Ocorrência, está registrado caso a investigar. Infelizmente, ninguém quer reconhecer as pessoas. A comunidade tem medo de falar", afirmou a secretária da ONG, Eliana Rosa.
Entre os trabalhos desenvolvidos pela OAF estão aulas de psicologia, marcenaria e mosaico. A ONG oferece almoços em comunidade, além de manter parceria com a Coopamare, cooperativa de catadores de material reciclável.
Um dos grandes projetos da entidade durará até 15 de dezembro, quando termina a exposição de fotos em um banco na avenida Paulista.
Em parceria com a Associação Minha Rua, Minha Casa, a entidade promoveu aulas de fotografia a 20 moradores de rua. A exposição conta com 32 fotos: 10 dos sem-teto, 10 de estudantes e 10 de fotógrafos profissionais.
O tema trata das ruas de São Paulo. "Há um contraste na exposição. Os estudantes só viram tristeza. São fotos de favela, crianças dormindo na rua, pessoas fumando crack", disse Maria Antonieta. "Já as fotos dos sem-teto são coloridas, mostram flores, parques. Eles, que moram na rua e convivem com a tristeza, só viram beleza."
Ladrões levam tudo de entidade de sem-teto em SP
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da Folha Online
Ladrões furtaram, na madrugada de ontem, tudo o que havia na sede da OAF (Organização de Auxílio Fraterno), na rua dos Estudantes, 477, centro de São Paulo. A ONG (Organização Não-Governamental) trabalha há mais de 40 anos com moradores de rua adultos. A invasão ocorreu no mesmo dia do lançamento de uma exposição de fotos de algumas pessoas auxiliadas pela entidade.
Ao todo foram furtados 24 objetos. Entre eles, dois telefones, duas tevês, dois computadores, um fogão, uma máquina fotográfica, um botijão de gás e até um microfone sem fio. Além disso, foram levados R$ 2.000 em dinheiro, que estavam no cofre da OAF. Os ladrões chegaram a arrombar o portão de ferro da casa.
Moradores de rua disseram ter visto os ladrões levando o material furtado em carrinhos de mão. Os ladrões seriam moradores da própria região, segundo os sem-teto, que não quiseram prestar depoimento à polícia com medo de vingança dos assaltantes.
O caso foi registrado do 1º DP (Sé).
"A polícia falou que, como não há testemunhas, não poderia fazer nada", disse a presidente da entidade, Maria Antonieta Rudge do Amaral. "No Boletim de Ocorrência, está registrado caso a investigar. Infelizmente, ninguém quer reconhecer as pessoas. A comunidade tem medo de falar", afirmou a secretária da ONG, Eliana Rosa.
Entre os trabalhos desenvolvidos pela OAF estão aulas de psicologia, marcenaria e mosaico. A ONG oferece almoços em comunidade, além de manter parceria com a Coopamare, cooperativa de catadores de material reciclável.
Um dos grandes projetos da entidade durará até 15 de dezembro, quando termina a exposição de fotos em um banco na avenida Paulista.
Em parceria com a Associação Minha Rua, Minha Casa, a entidade promoveu aulas de fotografia a 20 moradores de rua. A exposição conta com 32 fotos: 10 dos sem-teto, 10 de estudantes e 10 de fotógrafos profissionais.
O tema trata das ruas de São Paulo. "Há um contraste na exposição. Os estudantes só viram tristeza. São fotos de favela, crianças dormindo na rua, pessoas fumando crack", disse Maria Antonieta. "Já as fotos dos sem-teto são coloridas, mostram flores, parques. Eles, que moram na rua e convivem com a tristeza, só viram beleza."
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