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01/12/2000
-
17h02
ISABEL CLEMENTE
da Folha de S.Paulo, no Rio
A expectativa de vida do brasileiro, ao nascer, passou para 68,4 anos no ano passado, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O último número, do ano anterior, era 68,1 anos.
O crescimento, de 0,3 pontos percentuais, mantém a mesma tendência da década de 90, segundo o instituto, e só não aconteceu num ritmo mais rápido porque subiu o número de óbitos de homens por violência, explicou o demógrafo do IBGE Juarez de Castro Oliveira.
Os últimos dados disponíveis mostram que, entre 1984 e 1994, passou de 51,6% para 57% a proporção de óbitos por causas externas, o que inclui tudo aquilo que não for natural (acidentes, homicídios, suicídios e afogamentos, por exemplo). Para as mulheres, essas explicações se encaixavam em 25,8% das mortes, em 1994, e em 21,7%, dez anos antes.
Gente mais velha
A elevação da estimativa de vida no país mostra um rápido envelhecimento da população. A quantidade de brasileiros com mais de 60 anos já equivalia a 8% da população total no ano passado, contra 4% na década de 40.
Esse perfil está longe, no entanto, do que se vê em países europeus, onde o grupo de mais de 60 anos chega a 20% da população, segundo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas).
A previsão para o Brasil é que essa relação chegue a 12% em 2020. Para os europeus, a expectativa é bater nos 25% e até nos 50%, em alguns casos, diz a ONU.
De acordo com o IBGE, a porção jovem do país terá se reduzido de 42%, em 1940, para 24,3% em 2020. No ano passado, esse contingente equivalia a 30,3% da população total.
Esses dados constam da "tábua da vida" que o IBGE divulga todo primeiro dia útil de dezembro e que é usada pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no cálculo do valor da aposentadoria.
O INSS também divulgou hoje o pequeno impacto que a revisão para cima da estimativa de vida do brasileiro tem no cálculo da aposentadoria. Por viver mais, o brasileiro que solicitar sua aposentadoria receberá, a partir de hoje, um benefício 0,089% menor.
Mais alentadora do que a média de estimativa de vida ao nascer é a expectativa que se tem já mais velho. Ainda segundo o IBGE, estima-se que hoje uma pessoa de 40 anos tenha uma expectativa de viver mais 33,8 anos.
A que está com 60 anos tem a expectativa de viver mais 17,7 anos. Isso deixa o Brasil muito próximo do grupo de países desenvolvidos, onde o cálculo, a partir dos 60 anos, é que o homem tenha mais 18 anos de vida e a mulher, mais 22, segundo a ONU.
Expectativa de vida do brasileiro aumentou, diz IBGE
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da Folha de S.Paulo, no Rio
A expectativa de vida do brasileiro, ao nascer, passou para 68,4 anos no ano passado, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O último número, do ano anterior, era 68,1 anos.
O crescimento, de 0,3 pontos percentuais, mantém a mesma tendência da década de 90, segundo o instituto, e só não aconteceu num ritmo mais rápido porque subiu o número de óbitos de homens por violência, explicou o demógrafo do IBGE Juarez de Castro Oliveira.
Os últimos dados disponíveis mostram que, entre 1984 e 1994, passou de 51,6% para 57% a proporção de óbitos por causas externas, o que inclui tudo aquilo que não for natural (acidentes, homicídios, suicídios e afogamentos, por exemplo). Para as mulheres, essas explicações se encaixavam em 25,8% das mortes, em 1994, e em 21,7%, dez anos antes.
Gente mais velha
A elevação da estimativa de vida no país mostra um rápido envelhecimento da população. A quantidade de brasileiros com mais de 60 anos já equivalia a 8% da população total no ano passado, contra 4% na década de 40.
Esse perfil está longe, no entanto, do que se vê em países europeus, onde o grupo de mais de 60 anos chega a 20% da população, segundo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas).
A previsão para o Brasil é que essa relação chegue a 12% em 2020. Para os europeus, a expectativa é bater nos 25% e até nos 50%, em alguns casos, diz a ONU.
De acordo com o IBGE, a porção jovem do país terá se reduzido de 42%, em 1940, para 24,3% em 2020. No ano passado, esse contingente equivalia a 30,3% da população total.
Esses dados constam da "tábua da vida" que o IBGE divulga todo primeiro dia útil de dezembro e que é usada pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no cálculo do valor da aposentadoria.
O INSS também divulgou hoje o pequeno impacto que a revisão para cima da estimativa de vida do brasileiro tem no cálculo da aposentadoria. Por viver mais, o brasileiro que solicitar sua aposentadoria receberá, a partir de hoje, um benefício 0,089% menor.
Mais alentadora do que a média de estimativa de vida ao nascer é a expectativa que se tem já mais velho. Ainda segundo o IBGE, estima-se que hoje uma pessoa de 40 anos tenha uma expectativa de viver mais 33,8 anos.
A que está com 60 anos tem a expectativa de viver mais 17,7 anos. Isso deixa o Brasil muito próximo do grupo de países desenvolvidos, onde o cálculo, a partir dos 60 anos, é que o homem tenha mais 18 anos de vida e a mulher, mais 22, segundo a ONU.
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