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06/12/2000
-
14h37
MILENA BUOSI
da Folha Online
O promotor de Habitação e Urbanismo do Ministério Público Estadual de São Paulo, João Lopes Guimarães, afirmou que a prefeitura sabia das irregularidades ocorridas nos Jardins, bairro nobre de São Paulo, e não tomou nenhuma atitude para resolvê-las.
Guimarães foi o autor da ação que pede o fechamento dos estabelecimentos na região, que estão em desacordo com a Lei de Zoneamento.
A 5ª Câmara de Direito Público do TJ (Tribunal de Justiça) manteve decisão da 9ª Vara da Fazenda Pública, que determinou que a prefeitura lacre 183 estabelecimentos das ruas Estados Unidos e Groenlândia, avenidas Rebouças e Europa e alameda Gabriel Monteiro da Silva.
"Foi a própria prefeitura que encaminhou a lista dos imóveis irregulares, por requisição do Ministério Público. Ela tinha conhecimento das irregularidades e tolerava essas infrações", disse. "Talvez o escândalo da máfia dos fiscais explique alguma coisa."
No escândalo da máfia dos fiscais, funcionários da prefeitura cobravam propinas de estabelecimentos irregulares em troca do não fechamento dos imóveis.
A legislação divide as áreas em comercial, residencial, de serviço, institucional e industrial. Segundo o promotor, na região existem lojas, escritórios e consultórios que não poderiam estar funcionando. "Alguns corredores têm zoneamento próprio. Alguns não permitem o uso comercial, outros de serviço. Cada caso tem uma irregularidade naquela região", disse o promotor.
Guimarães aguarda parecer do 4º vice-presidente do TJ, desembargador Hermes Pinotti, sobre os recursos especial e extraordinário apresentados pela prefeitura contra a decisão da 2ª Câmara de Direito Público para pedir a execução da sentença.
O desembargador poderá indeferir os recursos ou mandá-los para o STJ (Superior Tribunal de Justiça) e para o STF (Supremo Tribunal Federal).
Segundo o promotor, mesmo que caiba recurso, ele não terá efeito suspensivo.
A reportagem entrou em contato com a Administração Regional de Pinheiros e, até o momento, não obteve retorno.
Leia mais:
13h09 Justiça manda fechar 183 estabelecimentos dos Jardins (SP)
Prefeitura sabia das irregularidades nos Jardins, diz promotor
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da Folha Online
O promotor de Habitação e Urbanismo do Ministério Público Estadual de São Paulo, João Lopes Guimarães, afirmou que a prefeitura sabia das irregularidades ocorridas nos Jardins, bairro nobre de São Paulo, e não tomou nenhuma atitude para resolvê-las.
Guimarães foi o autor da ação que pede o fechamento dos estabelecimentos na região, que estão em desacordo com a Lei de Zoneamento.
A 5ª Câmara de Direito Público do TJ (Tribunal de Justiça) manteve decisão da 9ª Vara da Fazenda Pública, que determinou que a prefeitura lacre 183 estabelecimentos das ruas Estados Unidos e Groenlândia, avenidas Rebouças e Europa e alameda Gabriel Monteiro da Silva.
"Foi a própria prefeitura que encaminhou a lista dos imóveis irregulares, por requisição do Ministério Público. Ela tinha conhecimento das irregularidades e tolerava essas infrações", disse. "Talvez o escândalo da máfia dos fiscais explique alguma coisa."
No escândalo da máfia dos fiscais, funcionários da prefeitura cobravam propinas de estabelecimentos irregulares em troca do não fechamento dos imóveis.
A legislação divide as áreas em comercial, residencial, de serviço, institucional e industrial. Segundo o promotor, na região existem lojas, escritórios e consultórios que não poderiam estar funcionando. "Alguns corredores têm zoneamento próprio. Alguns não permitem o uso comercial, outros de serviço. Cada caso tem uma irregularidade naquela região", disse o promotor.
Guimarães aguarda parecer do 4º vice-presidente do TJ, desembargador Hermes Pinotti, sobre os recursos especial e extraordinário apresentados pela prefeitura contra a decisão da 2ª Câmara de Direito Público para pedir a execução da sentença.
O desembargador poderá indeferir os recursos ou mandá-los para o STJ (Superior Tribunal de Justiça) e para o STF (Supremo Tribunal Federal).
Segundo o promotor, mesmo que caiba recurso, ele não terá efeito suspensivo.
A reportagem entrou em contato com a Administração Regional de Pinheiros e, até o momento, não obteve retorno.
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