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20/12/2000 - 09h20

Diretor critica anexo de presídio em SP; presos são transferidos

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MILENA BUOSI
da Folha Online

Depois de uma rebelião de 36h que resultou na morte de nove detentos, o diretor da Coesp (Coordenadoria dos Estabelecimentos Penitenciários do Estado de São Paulo), Sérgio Ricardo Salvador, criticou o anexo conhecido como "piranhão" da Casa de Custódia de Taubaté (134 km de SP).

O diretor afirmou que irá remodelar o local, que possui celas individuais e abrigava presos de alta periculosidade. Segundo Salvador, os presos tinham um tratamento rigoroso, ficavam nas celas durante 23h e tinham 1h de banho de sol.

"Havia uma postura exagerada e desrespeitante com os presos. Eles ficavam em um ócio total", disse. "O anexo deveria ser um centro de readaptação, mas como, se eram inibidas todas as condições de convivência dos presos? É um absurdo. Isso só aumenta a violência."

Salvador afirmou que, a partir do próximo ano, também convocará os funcionários do presídio para uma "reciclagem".

Segundo o diretor, 142 presos do anexo foram transferidos durante a madrugada. Do total, cerca de 30 detentos foram levados para o presídio de Tremembé, interior de São Paulo, e os outros, para CDPs (Centros de Detenção Provisória) e presídios da Capital.

Salvador afirmou que os presos Pedro Rodrigues Filho, conhecido como Pedrinho Matador, e Sônia Aparecida Rossi, a Maria do Pó, ficaram no anexo. "Futuramente, a Sônia será levada para uma penitenciária feminina", disse.

Entre os detentos transferidos está o motoboy Francisco de Assis Pereira, conhecido como o maníaco do parque. Ele foi levado para o CDP 2, no Belém, zona leste de São Paulo.

Alguns dos presos deverão retornar ao local após uma reforma no anexo, que ficou parcialmente destruído com a rebelião ocorrida entre domingo e segunda-feira.

Fuga

Durante a transferência dos presos, três detentos tentaram fugir, mas foram impedidos pela polícia, segundo a Secretaria da Administração Penitenciária.

A secretaria também abriu uma sindicância para apurar a entrada de três armas e dois celulares no presídio, que estavam em poder dos detentos durante a rebelião. A sindicância deverá ser concluída em duas semanas.

Clique aqui para ler mais notícias sobre a rebelião em Taubaté
 

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