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30/12/2000 - 08h19

Petista perde os votos da Força Sindical

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MELISSA DINIZ
da Folha de S.Paulo

Pressionados pela Força Sindical, os vereadores Raul Cortez (PPS) e Toninho Força SP (PSB)- que haviam se comprometido a votar na candidatura do petista José Eduardo Cardozo à presidência da Câmara- anunciaram ontem que vão votar em Roberto Tripoli (PSDB).

Com isso, ficou ainda mais complicada a situação do petista, que passou o dia de ontem fechado em seu gabinete, negociando apoios e contabilizando votos. Ele e o candidato tucano voltaram a afirmar que têm os votos suficientes para se eleger: no mínimo 28 votos, de um total de 55.

Alguns nomes, como dos vereadores Salim Curiatti (PPB), Baratão (Prona) e Myryam Athie (PMDB), aparecem na lista dos dois candidatos. Nenhum dos três, porém, declarou publicamente seu apoio.

À tarde, os dois candidatos chegaram a se reunir por cerca de 15 minutos-mas evitaram detalhar o que foi discutido no encontro.

Cortez e Toninho fazem parte do chamado grupo dos dez-formado por vereadores do PDT, PL, PSB, PSD, PTB e Prona-que estaria articulado com o petista. De acordo com Cardozo, a mudança não ameaça sua vitória.

O vereador diz contar com o apoio de 31 parlamentares. Ele, porém, só divulga 27 votos (8 do grupo dos dez, 3 do PC do B e os 16 do PT).

Tripoli, porém, afirma contar com os votos do PSDB (8), PMDB (6), PTB (3), PPB (6), Toninho Força SP (PSB) e Raul Cortez (PPS), Havanir (Prona) e PFL (1) e o bispo Atílio (PL). Tripoli diz ainda contar com o voto do Baratão (Prona), que integra o grupo dos dez.

Ontem, o tucano diz ter fechado acordo com os vereadores pepebistas Wadih Mutran e Edivaldo Estima, que fazem parte da chamada tropa de choque do prefeito Celso Pitta (PTN).

Roberto Tripoli alega que o acordo com vereadores que apoiaram Celso Pitta é uma tentativa de conseguir uma maioria capaz de fiscalizar a gestão do PT.

O vereador nega que esteja formando uma bancada de oposição à gestão Marta. "Meu relacionamento com o PT é muito bom, tanto é que votei a favor da taxa dos 15% de remanejamento do Orçamento a pedido da prefeita."

Vereadores do PT afirmam que está havendo uma "blitz geral" por parte do PSDB para angariar votos à candidatura Tripoli. Segundo eles, o governo estadual estaria oferecendo cargos em secretarias em troca de votos.

Para os vereadores, a atitude dos representantes da Força Sindical também seria um reflexo disso.

Roberto Tripoli nega que esteja havendo qualquer tipo de intervenção do partido ou do governo do Estado nesse sentido.

Segundo ele, ninguém está preocupado com o que acontece na Câmara Municipal. "É claro que todos gostariam de ver um representante do partido na presidência, mas é apenas uma torcida."

Uma das estratégias do PT para garantir o apoio da maioria é pedir que os vereadores votem abertamente, contrariando o regimento interno da Câmara. Segundo Cardozo, nenhum dos 31 vereadores que o apoiam apresentou resistência à proposta.

"Estamos apenas pedindo que os parlamentares dêem uma satisfação ao eleitorado dizendo de que lado estão. Se alguém achar o procedimento errado, que vá reclamar à Justiça."

A eleição será realizada no dia 1º de janeiro, após a cerimônia de posse da prefeita eleita Marta Suplicy, às 15h.

 

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