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01/01/2001
-
04h59
da Folha de S.Paulo
Uma decisão de ontem do candidato à presidência da Câmara dos Vereadores de São Paulo, Roberto Trípoli (PSDB), pode criar hoje uma reviravolta na disputa pelo cargo.
Um dia antes da eleição, o tucano passou a defender votação aberta para a escolha, como já queria seu concorrente, José Eduardo Cardozo (PT). Até anteontem, o petista tinha vantagem na disputa.
As regras internas do Legislativo prevêem votação secreta para a decisão, que terá de ser tomada pelos 55 vereadores eleitos.
No entanto a decisão de Trípoli, já apoiada ontem pelo PMDB e pelo PPB, possibilita que um acordo político possa ser fechado hoje para que todos os vereadores revelem, antes de votar, quem decidiram apoiar.
A mudança permite que os dois candidatos se protejam de "traições" de última hora. Eles precisam de pelo menos 28 dos 55 votos para decidir a questão em uma primeira votação. Ontem, os dois candidatos afirmaram ter os votos suficientes para se eleger.
As declarações apontam que há vereadores que se comprometeram com os dois candidatos. Com a mudança na forma de votação, cada vereador terá de revelar seu voto e ficará mais difícil um parlamentar "trair" o candidato com quem mais se comprometeu.
Traição
Ontem, por exemplo, Trípoli perdeu um voto peemedebista, como a Folha havia antecipado. A vereadora Myryam Athiê (PMDB) informou ao partido que passou a apoiar Cardozo, apesar de o partido e a bancada terem fechado com o candidato tucano.
De acordo com o vereador Milton Leite, presidente do Diretório Municipal do PMDB, o partido pediu ontem que Myryam reconsiderasse sua decisão. "Acredito que há razões políticas para ela reconsiderar essa posição", disse.
Além de Myryam, o vereador Salim Curiati Jr. (PPB) também teria recuado de seu voto. Ele, que havia declarado apoio a Cardozo, admitiu anteontem estar sendo "pressionado" e, segundo Trípoli, votará contra o petista.
Curiati não respondeu aos recados deixados ontem pela Folha em seu telefone celular, mas a votação aberta poderá influir diretamente em seu voto.
Candidatos
"Nós defendemos o voto aberto, mas por uma questão de princípio", disse ontem Cardozo sobre a decisão de seu concorrente.
Trípoli diz ter tomado a decisão para evitar "insinuações" do petista e para mostrar de quem virá o apoio que fechou para sair vencedor da disputa.
Os dois candidatos negociaram apoio com a distribuição de cargos da Mesa Diretora da Câmara, que terá cinco integrantes e dois suplentes.
A questão interessa diretamente a Marta Suplicy, pois é o presidente da Câmara quem tem poder para, por exemplo, definir quais projetos serão votados, inclusive aqueles encaminhados pelo Executivo.
(JCS)
PSDB agora defende voto aberto na Câmara de SP
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Uma decisão de ontem do candidato à presidência da Câmara dos Vereadores de São Paulo, Roberto Trípoli (PSDB), pode criar hoje uma reviravolta na disputa pelo cargo.
Um dia antes da eleição, o tucano passou a defender votação aberta para a escolha, como já queria seu concorrente, José Eduardo Cardozo (PT). Até anteontem, o petista tinha vantagem na disputa.
As regras internas do Legislativo prevêem votação secreta para a decisão, que terá de ser tomada pelos 55 vereadores eleitos.
No entanto a decisão de Trípoli, já apoiada ontem pelo PMDB e pelo PPB, possibilita que um acordo político possa ser fechado hoje para que todos os vereadores revelem, antes de votar, quem decidiram apoiar.
A mudança permite que os dois candidatos se protejam de "traições" de última hora. Eles precisam de pelo menos 28 dos 55 votos para decidir a questão em uma primeira votação. Ontem, os dois candidatos afirmaram ter os votos suficientes para se eleger.
As declarações apontam que há vereadores que se comprometeram com os dois candidatos. Com a mudança na forma de votação, cada vereador terá de revelar seu voto e ficará mais difícil um parlamentar "trair" o candidato com quem mais se comprometeu.
Traição
Ontem, por exemplo, Trípoli perdeu um voto peemedebista, como a Folha havia antecipado. A vereadora Myryam Athiê (PMDB) informou ao partido que passou a apoiar Cardozo, apesar de o partido e a bancada terem fechado com o candidato tucano.
De acordo com o vereador Milton Leite, presidente do Diretório Municipal do PMDB, o partido pediu ontem que Myryam reconsiderasse sua decisão. "Acredito que há razões políticas para ela reconsiderar essa posição", disse.
Além de Myryam, o vereador Salim Curiati Jr. (PPB) também teria recuado de seu voto. Ele, que havia declarado apoio a Cardozo, admitiu anteontem estar sendo "pressionado" e, segundo Trípoli, votará contra o petista.
Curiati não respondeu aos recados deixados ontem pela Folha em seu telefone celular, mas a votação aberta poderá influir diretamente em seu voto.
Candidatos
"Nós defendemos o voto aberto, mas por uma questão de princípio", disse ontem Cardozo sobre a decisão de seu concorrente.
Trípoli diz ter tomado a decisão para evitar "insinuações" do petista e para mostrar de quem virá o apoio que fechou para sair vencedor da disputa.
Os dois candidatos negociaram apoio com a distribuição de cargos da Mesa Diretora da Câmara, que terá cinco integrantes e dois suplentes.
A questão interessa diretamente a Marta Suplicy, pois é o presidente da Câmara quem tem poder para, por exemplo, definir quais projetos serão votados, inclusive aqueles encaminhados pelo Executivo.
(JCS)
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