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04/01/2001 - 03h53

Regional trabalha em regime de emergência

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MARIANA VIVEIROS, da Folha de S.Paulo

As 28 administrações regionais de São Paulo estão funcionando em regime de emergência. Com contratos vencidos ou paralisados, equipamentos sucateados, sem equipes próprias e com muitos problemas para resolver, elas "se viram" como podem.

"Amanhã (hoje) não tem combustível para os carros. Se houver uma emergência, vou ter de tirar do meu bolso", diz Márcia Barral, administradora da Freguesia do Ó, que atende a 602,5 mil pessoas.

Apesar de a região ter um grave problema de enchentes e deslizamentos de terra, por abranger áreas de encostas ocupadas irregularmente, os serviços de limpeza de bueiros e manutenção das galerias estavam suspensos desde meados de dezembro.

Os serviços devem ser retomados até o fim da semana, segundo Márcia, mas o conserto de buracos vai depender do trabalho de uma equipe local, que tem de seis a oito integrantes e um caminhão com problemas nos freios.

A regional de Pinheiros também tem problemas com buracos. Segundo a administradora Bia Pardi, são cerca de 40 ruas que precisam de reparos e apenas uma equipe de sete pessoas para realizá-los. "Vamos fazer o serviço onde a situação for pior."

As próprias sedes das regionais estão deterioradas. "Falta mobiliário, não houve processo de modernização, e o funcionalismo está desestimulado", diz Márcia. "O pátio está ocupado por carcaças de carros", reclama Bia.

Na Penha, os contratos para limpeza de bueiros foram retomados, segundo o administrador Luiz Barbosa de Araújo. Mas lá também faltam combustível, automóveis e pessoal.

Anteontem, o secretário de Implementação das Subprefeituras, Arlindo Chinaglia, enviou às regionais um ofício, dando um prazo de nove dias para que elas lhe façam um raio X da situação.

Chinaglia quer recuperar a estrutura material e reforçar as equipes da prefeitura para que elas não dependam dos serviços terceirizados. Ele ainda não sabe, entretanto, quanto isso vai custar.

Um dos problemas a ser enfrentados é o orçamento previsto para este ano: pouco mais de R$ 346 milhões -56% do que a secretaria recebeu em 2000.
No primeiro dia de administração, Chinaglia diz já ter encontrado tentativas de fraude em três regionais: Lapa, Mooca e Jabaquara.

Segundo ele, equipes terceirizadas estavam trabalhando com menos pessoas e menos veículos do que deveriam ter.
 

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