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09/01/2001 - 05h22

Maternidade funciona com pouco mais de 15% da sua capacidade

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do Agora São Paulo

A única unidade especializada em gravidez de alto risco na capital faz hoje cerca de 100 partos por mês, apesar de projetada para realizar de 600 a 700 atendimentos.

A maternidade também conta com apenas quatro dos 40 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para recém-nascidos, ou seja, um índice de ociosidade de 90%.

Já a UTI com 32 leitos para bebês prematuros, inaugurada pouco antes do ex-prefeito Celso Pitta deixar o cargo, não está funcionado por falta de equipamentos. Em um andar abaixo do que seria o centro de terapia intensiva para recém-nascidos, 13 incubadoras, usadas no dia da inauguração, estão enfileiradas em, um corredor aguardando conserto.

"Essa é a realidade da nossa maternidade. O que era um centro para gravidez de alto risco se tornou um local de trabalho de alto risco", disse José Carlos Riecheldmann, diretor do Hospital Maternidade Escola Doutor Mário de Moraes Altenfelder Silva, conhecida como maternidade Vila Nova Cachoeirinha (zona norte).

Segundo o médico, Pitta entregou o departamento com equipamentos quebrados. "Foi só para a imprensa ver. São dois mil metros de área às moscas."

De acordo com o ex-secretário de Comunicação Social, Antenor Braido, Pitta inaugurou apenas o prédio da UTI. "Ninguém disse que a maternidade estava funcionando."

Riecheldmann, que assumiu na sexta-feira passada a direção da unidade considerada um centro de referência na capital em gravidez de alto risco, acusou as duas últimas administrações municipais pelo "sucateamento profundo" da maternidade. "Amargamos por oito anos o preço de não ter aderido ao PAS", disse o médico.

A maternidade de Vila Nova Cachoeirinha é o único hospital municipal, além do Hospital do Servidor Público Municipal, que não foi entregue às cooperativas no processo de implantação do antigo PAS (Plano de Atendimento à Saúde), atual Sims (Sistema Integrado Municipal de Saúde).

A unidade, construída há 28 anos, é formada por dois blocos, sendo apenas um liberado para o atendimento. O outro está em reforma, prevista para ter acabado no ano passado.

Além da redução de leitos, os profissionais ainda têm que driblar a falta de medicamentos e material hospitalar básicos.

"Vou levar, pelo menos, seis meses para colocar tudo isso em funcionamento", disse o diretor.
(Silvia Amorim)
 

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