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11/01/2001
-
22h33
da Folha de S.Paulo
Todo verão é a mesma história: muito calor e piscinas públicas desativadas pela má conservação.
Desta vez, metade das piscinas mantidas pela Prefeitura de São Paulo está interditada: é proibido nadar em 31 das 63 existentes.
As razões são falta de salva-vidas, de funcionários operacionais (como tratadores de piscinas e faxineiras), de cloro e de manutenção dos pisos e azulejos.
Em alguns centros esportivos e balneários municipais, quando as piscinas funcionam, não há infra-estrutura para os frequentadores, afirma a secretária municipal de Esportes, Nádia Campeão.
Sujo e mal conservado
"Pode colocar piscina para funcionar, mas o resto do centro está caindo aos pedaços. Quem vai querer sair de casa para ir a um lugar sujo e mal conservado?"
A frequência às piscinas, centros esportivos e balneários são algumas das poucas alternativas de lazer gratuito para os paulistanos.
O abandono, entretanto, é histórico: no centro esportivo Salim Farah Maluf, por exemplo, as três piscinas não funcionam há dez anos e, apesar da reabertura delas ter sido anunciada como prioridade do ex-secretário Fausto Camunha, nada foi feito.
"Nos dois anos e meio em que estive à frente da secretaria, não foi feita nenhuma reforma em piscinas e centros esportivos. Nunca sobrou dinheiro para isso. Na verdade, é a maior frustração da minha gestão", diz Camunha.
Nádia admite que não há verba suficiente, mas avalia que houve também uma falta de interesse.
Como medida de emergência para o verão, ela diz que a reabertura de 14 piscinas poderia ocorrer se a secretaria conseguisse igual número de salva-vidas.
Como não pode contratá-los, a prefeitura pretende apelar mais uma vez para o discurso de época de penúria _promover parcerias. Nesse caso, vai tentar obter apoio dos clubes particulares.
"Eles têm desconto no IPTU e poderiam retribuir esse benefício providenciando salva-vidas para os centros esportivos", afirma Nádia.
Para a reforma dos centros _que ela ainda não sabe quanto vai custar_ a iniciativa privada também será convidada.
O ex-secretário Fausto Camunha afirma que, para reformar todos os 18 centros esportivos, cinco balneários e oito mini-balneários seriam necessários R$ 12 milhões.
Dez dos centros estão com todas as piscinas interditadas e dois dos balneários estão fechados.
Neste ano, a pasta dirigida por Nádia Campeão tem o direito no bolo orçamentário a R$ 89,4 milhões.
Isso significa que, a partir das contas de seu antecessor, a atual secretária teria de despender 13% de sua verba para permitir que os paulistanos possam curtir o sol do próximo verão, já que neste nada mais pode ser feito.
50% das piscinas públicas estão interditadas em SP
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Todo verão é a mesma história: muito calor e piscinas públicas desativadas pela má conservação.
Desta vez, metade das piscinas mantidas pela Prefeitura de São Paulo está interditada: é proibido nadar em 31 das 63 existentes.
As razões são falta de salva-vidas, de funcionários operacionais (como tratadores de piscinas e faxineiras), de cloro e de manutenção dos pisos e azulejos.
Em alguns centros esportivos e balneários municipais, quando as piscinas funcionam, não há infra-estrutura para os frequentadores, afirma a secretária municipal de Esportes, Nádia Campeão.
Sujo e mal conservado
"Pode colocar piscina para funcionar, mas o resto do centro está caindo aos pedaços. Quem vai querer sair de casa para ir a um lugar sujo e mal conservado?"
A frequência às piscinas, centros esportivos e balneários são algumas das poucas alternativas de lazer gratuito para os paulistanos.
O abandono, entretanto, é histórico: no centro esportivo Salim Farah Maluf, por exemplo, as três piscinas não funcionam há dez anos e, apesar da reabertura delas ter sido anunciada como prioridade do ex-secretário Fausto Camunha, nada foi feito.
"Nos dois anos e meio em que estive à frente da secretaria, não foi feita nenhuma reforma em piscinas e centros esportivos. Nunca sobrou dinheiro para isso. Na verdade, é a maior frustração da minha gestão", diz Camunha.
Nádia admite que não há verba suficiente, mas avalia que houve também uma falta de interesse.
Como medida de emergência para o verão, ela diz que a reabertura de 14 piscinas poderia ocorrer se a secretaria conseguisse igual número de salva-vidas.
Como não pode contratá-los, a prefeitura pretende apelar mais uma vez para o discurso de época de penúria _promover parcerias. Nesse caso, vai tentar obter apoio dos clubes particulares.
"Eles têm desconto no IPTU e poderiam retribuir esse benefício providenciando salva-vidas para os centros esportivos", afirma Nádia.
Para a reforma dos centros _que ela ainda não sabe quanto vai custar_ a iniciativa privada também será convidada.
O ex-secretário Fausto Camunha afirma que, para reformar todos os 18 centros esportivos, cinco balneários e oito mini-balneários seriam necessários R$ 12 milhões.
Dez dos centros estão com todas as piscinas interditadas e dois dos balneários estão fechados.
Neste ano, a pasta dirigida por Nádia Campeão tem o direito no bolo orçamentário a R$ 89,4 milhões.
Isso significa que, a partir das contas de seu antecessor, a atual secretária teria de despender 13% de sua verba para permitir que os paulistanos possam curtir o sol do próximo verão, já que neste nada mais pode ser feito.
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