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15/01/2001
-
17h37
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife
O preso Hélio José Muniz Filho, o Helinho, 24, personagem do filme "O Rap do Pequeno Príncipe contra as Almas Sebosas", foi assassinado no final da tarde de ontem no presídio Aníbal Bruno, em Recife.
Helinho, que se dizia "justiceiro", era acusado de cometer 65 homicídios. Preso há três anos, ele foi morto no final do período de visitas por três detentos do pavilhão J, ala reservada aos presos mais perigosos.
A vítima recebeu dois golpes de estiletes no pescoço e no braço.
Socorrido por policiais militares, ele foi levado para o hospital Otávio de Freitas, onde morreu ao ser atendido.
O ataque provocou tumulto no Aníbal Bruno, onde ainda havia visitantes no momento do crime. Segundo o diretor-ajdunto do presídio, Antonio Soares, pessoas gritaram e houve correria.
Policiais da guarda chegaram a disparar pelo menos dois tiros para cima na tentativa de conter os presos do pavilhão, que ameaçavam se rebelar.
A PM enviou tropas ao local. A área externa do presídio foi cercada, mas não ocorreram novos conflitos. O cadastramento dos parentes dos presos, que estava sendo realizado pela Secretaria da Justiça, foi suspenso.
Os detentos acusados de assassinar Helinho _Augusto Marques de Oliveira, 23, Marcelo Carlos de Lima, 22, e Cláudio da Silva, 18_ foram autuados em flagrante pela Polícia Civil.
Segundo o diretor-adjunto, os três confessaram o crime em depoimento e disseram que mataram o companheiro porque tinham "rixas antigas" com ele.
Abaixo-assinado
Helinho estava condenado a quase 150 anos de prisão e aguardava em cela isolada, no Aníbal Bruno, o julgamento por outros crimes que teria cometido.
Por ter bom comportamento, havia três meses ele trabalhava como "chaveiro" no presídio, que tem capacidade para 524 presos, mas abriga 2.919.
Ex-funileiro, Helinho era o responsável pela abertura e fechamento das celas do pavilhão J, onde estão 63 detentos.
Para o diretor-adjunto, a fama de matador e a notoriedade obtida pela participação no filme aumentaram as divergências entre Helinho e os outros presos.
"Nenhum deles, é claro, gosta de quem mata bandido", disse Soares. Sempre requisitado para entrevistas, o ex-funileiro passou a exigir pagamento ou ajuda em troca de um depoimento.
Helinho, ou "pequeno príncipe", como também era conhecido, morava em Camaragibe, município da região metropolitana de Recife. Ele atuava no bairro de Jardim Primavera, onde não era tratado como criminoso.
Apesar de ter confessado o assassinato de 65 pessoas, Helinho dizia que matava apenas para "limpar a cidade". A julgar pela reação dos moradores do bairro, sua atuação era aprovada.
Quando foi preso, em 1998, os moradores do Jardim Primavera enviaram às autoridades um abaixo-assinado com 3.500 assinaturas pedindo sua libertação.
Presos matam colega que virou personagem de filme no Recife
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da Agência Folha, em Recife
O preso Hélio José Muniz Filho, o Helinho, 24, personagem do filme "O Rap do Pequeno Príncipe contra as Almas Sebosas", foi assassinado no final da tarde de ontem no presídio Aníbal Bruno, em Recife.
Helinho, que se dizia "justiceiro", era acusado de cometer 65 homicídios. Preso há três anos, ele foi morto no final do período de visitas por três detentos do pavilhão J, ala reservada aos presos mais perigosos.
A vítima recebeu dois golpes de estiletes no pescoço e no braço.
Socorrido por policiais militares, ele foi levado para o hospital Otávio de Freitas, onde morreu ao ser atendido.
O ataque provocou tumulto no Aníbal Bruno, onde ainda havia visitantes no momento do crime. Segundo o diretor-ajdunto do presídio, Antonio Soares, pessoas gritaram e houve correria.
Policiais da guarda chegaram a disparar pelo menos dois tiros para cima na tentativa de conter os presos do pavilhão, que ameaçavam se rebelar.
A PM enviou tropas ao local. A área externa do presídio foi cercada, mas não ocorreram novos conflitos. O cadastramento dos parentes dos presos, que estava sendo realizado pela Secretaria da Justiça, foi suspenso.
Os detentos acusados de assassinar Helinho _Augusto Marques de Oliveira, 23, Marcelo Carlos de Lima, 22, e Cláudio da Silva, 18_ foram autuados em flagrante pela Polícia Civil.
Segundo o diretor-adjunto, os três confessaram o crime em depoimento e disseram que mataram o companheiro porque tinham "rixas antigas" com ele.
Abaixo-assinado
Helinho estava condenado a quase 150 anos de prisão e aguardava em cela isolada, no Aníbal Bruno, o julgamento por outros crimes que teria cometido.
Por ter bom comportamento, havia três meses ele trabalhava como "chaveiro" no presídio, que tem capacidade para 524 presos, mas abriga 2.919.
Ex-funileiro, Helinho era o responsável pela abertura e fechamento das celas do pavilhão J, onde estão 63 detentos.
Para o diretor-adjunto, a fama de matador e a notoriedade obtida pela participação no filme aumentaram as divergências entre Helinho e os outros presos.
"Nenhum deles, é claro, gosta de quem mata bandido", disse Soares. Sempre requisitado para entrevistas, o ex-funileiro passou a exigir pagamento ou ajuda em troca de um depoimento.
Helinho, ou "pequeno príncipe", como também era conhecido, morava em Camaragibe, município da região metropolitana de Recife. Ele atuava no bairro de Jardim Primavera, onde não era tratado como criminoso.
Apesar de ter confessado o assassinato de 65 pessoas, Helinho dizia que matava apenas para "limpar a cidade". A julgar pela reação dos moradores do bairro, sua atuação era aprovada.
Quando foi preso, em 1998, os moradores do Jardim Primavera enviaram às autoridades um abaixo-assinado com 3.500 assinaturas pedindo sua libertação.
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