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15/01/2001
-
21h45
FABIANE LEITE
da Folha Online
O presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a renegociação do acordo de pagamento da dívida de R$ 10,5 bilhões da Prefeitura de São Paulo com a União.
Lula também afirmou que os credores da prefeitura poderão esperar pagamentos que têm a receber e que esta dívida também poderá ser negociada.
Na semana passada, o secretário de Finanças da cidade, João Sayad, afirmou ser impossível quitar parte da dívida com a União que vence em novembro do próximo ano, um montante de R$ 2,2 bilhões.
Lula, no entanto, negou que SP esteja tentando dar um calote na União.
"Primeiro ele (Sayad) não disse calote, ele é o pai que tem um filho na faculdade e diz no meio de fevereiro, constata que não pode pagar. O filho vai deixar de estudar?", afirmou Lula depois de conversar por uma hora com a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), nesta tarde.
Para Lula, o acordo tem de ser revisado porque foi feito pelo ex-prefeito Celso Pitta (PTN). "Tudo que foi feito pelo Pitta nessa cidade deveria estar sob suspeição.
Lula destacou, assim como Sayad, que se a prefeitura cumprir o acordo feito por Pitta "não terá dinheiro para mais nada." "Eu penso que o presidente da República deverá levar em consideração e discutir com São Paulo o que pode ser feito. O povo de São Paulo ainda é um povo que produz 40% da riqueza nacional."
Segundo o presidente de honra, a prefeitura deve conversar com fornecedores para rediscutir contratos em razão das dificuldades financeiras.
"Tem prefeitos que passam anos sem pagar e as pessoas não deixam de fornecer. O que é possível é chamar as pessoas e conversar. Nós reconhecemos uma dívida e vamos pagar mais para frente. Ninguém vai deixar de fornecer à prefeitura por conta disso."
Mal-estar
Lula comentou o suposto mal-estar entre ele e Marta. O líder petista foi criticado pela prefeita antes do fim do pleito municipal no ano passado por ter dito que a cidade de Pelotas (RS) era "exportadora de veados."
A declaração foi utilizada por concorrentes de Marta para atacá-la.
Setores do PT também apontaram que Marta procurou desvincular sua campanha da imagem de Lula para evitar rejeição do eleitorado. Ele não participou das atividades da prefeita durante as eleições e não compareceu a sua posse.
"O mal-estar não foi as minhas declarações em Pelotas. O mal-estar é a cretinice de quem utilizou aquilo", disse Lula irritado.
O presidente de honra do PT afirmou que não esteve na posse porque já havia marcado suas férias.
Lula classificou a visita de hoje como "cortesia". E disse que inicia uma maratona de visitas a outros prefeitos petistas.
O presidente de honra negou ter discutido com Marta a sucessão presidencial.
O marido da Marta, senador Eduardo Suplicy (PT), é pré-candidato à presidência e provável opositor de Lula nas prévias do partido.
"A nossa companheira Marta não é uma instância do partido que eu tenha de discutir essas coisas. O dia que eu tiver de discutir prévias eu vou ao diretório", disse Lula.
O petista afirmou que ainda não decidiu se será candidato à presidência.
E-mail: painel do webleitor
Clique aqui para ler mais notícias sobre a gestão Marta Suplicy
Lula defende novo acordo para pagamento da dívida de SP
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da Folha Online
O presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a renegociação do acordo de pagamento da dívida de R$ 10,5 bilhões da Prefeitura de São Paulo com a União.
Lula também afirmou que os credores da prefeitura poderão esperar pagamentos que têm a receber e que esta dívida também poderá ser negociada.
Na semana passada, o secretário de Finanças da cidade, João Sayad, afirmou ser impossível quitar parte da dívida com a União que vence em novembro do próximo ano, um montante de R$ 2,2 bilhões.
Lula, no entanto, negou que SP esteja tentando dar um calote na União.
"Primeiro ele (Sayad) não disse calote, ele é o pai que tem um filho na faculdade e diz no meio de fevereiro, constata que não pode pagar. O filho vai deixar de estudar?", afirmou Lula depois de conversar por uma hora com a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), nesta tarde.
Para Lula, o acordo tem de ser revisado porque foi feito pelo ex-prefeito Celso Pitta (PTN). "Tudo que foi feito pelo Pitta nessa cidade deveria estar sob suspeição.
Lula destacou, assim como Sayad, que se a prefeitura cumprir o acordo feito por Pitta "não terá dinheiro para mais nada." "Eu penso que o presidente da República deverá levar em consideração e discutir com São Paulo o que pode ser feito. O povo de São Paulo ainda é um povo que produz 40% da riqueza nacional."
Segundo o presidente de honra, a prefeitura deve conversar com fornecedores para rediscutir contratos em razão das dificuldades financeiras.
"Tem prefeitos que passam anos sem pagar e as pessoas não deixam de fornecer. O que é possível é chamar as pessoas e conversar. Nós reconhecemos uma dívida e vamos pagar mais para frente. Ninguém vai deixar de fornecer à prefeitura por conta disso."
Mal-estar
Lula comentou o suposto mal-estar entre ele e Marta. O líder petista foi criticado pela prefeita antes do fim do pleito municipal no ano passado por ter dito que a cidade de Pelotas (RS) era "exportadora de veados."
A declaração foi utilizada por concorrentes de Marta para atacá-la.
Setores do PT também apontaram que Marta procurou desvincular sua campanha da imagem de Lula para evitar rejeição do eleitorado. Ele não participou das atividades da prefeita durante as eleições e não compareceu a sua posse.
"O mal-estar não foi as minhas declarações em Pelotas. O mal-estar é a cretinice de quem utilizou aquilo", disse Lula irritado.
O presidente de honra do PT afirmou que não esteve na posse porque já havia marcado suas férias.
Lula classificou a visita de hoje como "cortesia". E disse que inicia uma maratona de visitas a outros prefeitos petistas.
O presidente de honra negou ter discutido com Marta a sucessão presidencial.
O marido da Marta, senador Eduardo Suplicy (PT), é pré-candidato à presidência e provável opositor de Lula nas prévias do partido.
"A nossa companheira Marta não é uma instância do partido que eu tenha de discutir essas coisas. O dia que eu tiver de discutir prévias eu vou ao diretório", disse Lula.
O petista afirmou que ainda não decidiu se será candidato à presidência.
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