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22/01/2001 - 09h56

Máfia de perueiros pode ter matado dois e ferido 8 em SP

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LUCIANO CAVENAGUI
do Agora São Paulo

Uma briga por causa de uma linha de lotação deixou dois mortos e oito feridos na noite de ontem, na zona leste de São Paulo.

O crime ocorreu por volta das 19h, no quintal de uma casa na rua Visconde Alzejur, na Cidade Kemel II No local havia cerca de 20 pessoas. Depois de uma partida de futebol entre os times Extremo Leste e Jardim Margarida, na qual o Extremo Leste ganhou por 4 X 2, todos foram beber e jogar baralho no quintal da casa.

Quando estavam jogando truco, um Fiesta cor de chumbo, com quatro ocupantes, parou em frente ao quintal. Um homem negro, forte, saiu do banco traseiro com duas pistolas PT 380. Sem dizer nada, ele começou a atirar contra o grupo.

Morreram o estudante L.R.C., 14. O autônomo José Carlos Pereira Costa, 35, dono da casa, seu irmão Adalvo Pereira Costa, 23, e o cobrador de ônibus Edson José de Araújo, 29, cunhado deles, foram baleados.

O outro morto foi o ajudante-geral José Garcia de Melo, 46. Ficaram feridos Gilson de Oliveira, 26, Mário José dos Santos, 26, Paulo Florêncio de Oliveira, 39, e os pedreiros Alex das Mercês Santos, 25, e José Batista, 36.

Cinco deles foram socorridos ao hospital Santa Marcelina, três ao Tide Setúbal e dois ao São Marcos, em Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo).

Segundo o pastor evangélico Aparecido Pereira Costa, 33, pai do estudante morto, e outros sobreviventes, uma quadrilha de perueiros foi a autora do crime.

Os cabeças da gangue seriam José Ferreira, o Baianinho, um comparsa de prenome Cícero que usa o nome falso de Jaime Mendes Filho, sendo mais conhecido como Gonçalo, e mais dois homens identificados como Sadam e Macaxeira.

Eles controlariam as linhas clandestinas de lotações na área do Itaim-Paulista (zona leste), principalmente na região da Cidade Kemel II. Segundo o evangélico, há dois anos o bando se infiltrou na área e foi expulsando todos os perueiros que fizessem oposição a ele.

Na época, o evangélico e sua família foram ameaçados de morte caso não entregasse a linha Itaim-Paulista - Cidade Kemel II. Depois de ser baleado quando saía da igreja, cedeu à pressão.

"Eles querem expulsar minha família do bairro para não criarmos problemas para eles. Somos evangélicos e desejamos a verdade e a justiça", disse Aparecido Costa.
 

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