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23/01/2001 - 04h25

Marta tentou cinco nomes para coordenar seu projeto de segurança

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da Folha de S.Paulo

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), tentou cinco nomes, sem sucesso até agora, para coordenar seu projeto de segurança -a "Operação
Estrela", como ele ficou conhecido na campanha.

Em duas situações, a equipe de Marta chegou atrasada e perdeu o nome para outros prefeitos petistas. A intenção era convocar pessoas de "peso" da área.

Primeiro, o cientista político Guaracy Mingardi, que organizou as discussões antes da eleição e coordenou o projeto de Marta, foi convidado antes pelo prefeito de Guarulhos, Elói Pietá, após o segundo turno. Depois, o prefeito Tarso Genro levou o ex-coordenador de segurança do Rio de Janeiro, Luiz Eduardo Soares, para dar consultoria em Porto Alegre.

Faltando uma semana para a prefeita assumir, o filho do ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, o advogado Theodomiro Dias Neto, foi chamado pessoalmente por Marta, mas recusou, alegando problemas particulares.
Dias Neto fez mestrado nos Estados Unidos sobre polícia comunitária e está terminando doutorado na Alemanha sobre ações múltiplas de combate à violência -estudo bem próximo do que a prefeita pretende implantar em São Paulo.

Um outro nome indicado pelo PT e o de um procurador de confiança do secretário de Governo, Rui Falcão, não deram certo.

Segundo a assessoria da prefeita, a busca pelo ocupante do cargo agora depende da resolução de outras prioridades, como a limpeza da cidade e a recuperação de serviços públicos, principalmente no setor da saúde e nas administrações regionais. ""Eu não tenho essa informação (dos nomes dos procurados)", disse Falcão, ao ser informado pela Folha dos possíveis coordenadores procurados.

Há quem diga dentro do partido que há uma escassez de aliados do PT na área de segurança e, como Marta não foi tão rápida quanto outros prefeitos, terá dificuldades para preencher a vaga.

Função
O coordenador de segurança, que pode até ser um secretário, terá a função de articular ações do município com o Estado, que controla as polícias. Pelo menos essa foi a essência do debate durante a elaboração do projeto de governo de São Paulo, no Instituto Florestan Fernandes.

O ocupante do cargo seria responsável pela análise de dados de criminalidade, pensando sempre em formas de atuação do município, fora da tradicional repressão policial do aparato estadual.

A "Operação Estrela" promete um "novo conceito" de combate à violência: o de segurança múltipla, "de que somente é possível conter a crescente violência com múltiplas ações". No caso, estão listados programas como o de renda mínima e bolsa-trabalho, entre outros, como ferramentas do município para ajudar a polícia a reduzir a criminalidade.

Segundo Falcão, "a prefeita não definiu para além da coordenação natural do governo feita por ela, se vai haver pessoa específica" cuidando da segurança.

Para o secretário, a "Operação Estrela" depende de várias ações desencadeadas por diferentes secretarias, as quais podem ter coordenação diferenciada, independentemente da nomeação de um único coordenador. "Se nós desencadearmos ações como elas estão sendo pautadas, seguramente vamos obter alguns resultados já na redução dos índices de violência."
(ALESSANDRO SILVA)
 

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