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26/01/2001 - 21h30

Plano para desativação do Carandiru não saiu do papel

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da Folha de S.Paulo

A decisão de remodelar o Complexo Penitenciário do Carandiru, o maior da América Latina, praticamente enterra a proposta de desativar o local_ que vinha sendo discutida desde 83 e parecia finalmente sair do papel em 95, quando Mário Covas, ainda em seu primeiro ano de governo, anunciou um projeto que previa, em parceria com a iniciativa privada, a construção de 21 presídios para substituir o complexo.

A partir daí, foram feitos vários planos: Covas pensou em transformar a área em um centro de formação profissional, planejou a criação de um parque e até mesmo a venda para a iniciativa privada erguer apartamentos.

A desativação do Carandiru fazia parte, inclusive, do Programa Nacional de Direitos Humanos, do governo federal.

Como a proposta de parceria com a iniciativa privada não conseguiu ir adiante, a União decidiu bancar 80% dos gastos com a construção de nove presídios no interior do Estado.

Durante a campanha à sua reeleição, em 98, o assunto voltou à ordem do dia.

Covas reforçou a promessa da desativação e lançou um concurso público, em parceria com o Instituto dos Arquitetos do Brasil e com o Instituto de Engenharia, para avaliar qual a melhor utilização para o complexo.

Ele queria implodir em junho de 99 o pavilhão 9 da Detenção, onde morreram 111 presos em 92. A implosão marcaria a desativação do local, que inicialmente estava prevista para o final de 98.

Um ano depois, porém, o governo do Estado dava sinais de que voltaria atrás na decisão.

No final de 99, Nagashi Furukawa, recém-empossado na secretária estadual da Administração Penitenciária, disse que não pretendia desativar o Carandiru tão cedo.

Mesmo com a construção de novos presídios, ele passou a dizer que as transferências seriam inviáveis, por conta do aumento da criminalidade e, consequentemente, do número de presos.
 

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