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29/01/2001 - 12h56

Polícia prende últimos integrantes da família Oliveira

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RICARDO BRANDT
da Folha Campinas

As Polícias Civil e Militar de Campinas (99 km de São Paulo) prenderam na noite de ontem os últimos integrantes em liberdade da família Oliveira _grupo de irmãos e parentes especializado em sequestros_, Ademir Francisco de Oliveira, 38 e Maria Francisca Oliveira.

Pelo menos 20 policiais participaram da ação de prisão, na noite de ontem. A ação durou 15 minutos.

Segundo a polícia, não houve qualquer tipo de reação por parte dos detidos.

Na casa onde Ademir e sua irmã estavam, foram presos também a mulher de Ademir, Elaine Cristina de Oliveira, e o atual marido da irmã, Josias dos Santos, 37. Todos são acusados de envolvimento em sequestros.

No local, havia ainda quatro crianças, todas filhos dos Oliveira. Os nomes não foram divulgados.

A polícia atribui à família Oliveira, oriunda dos Estados de Pernambuco e Ceará, crimes como roubos a bancos, assassinatos e, principalmente, sequestros.

Entre os principais casos atribuídos ao clã dos Oliveira está o sequestro de Wellington Camargo, irmão da dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano, em dezembro de 98.

Somente no ano passado, pelo menos 23 casos de sequestro na região de Campinas também foram de responsabilidade da família Oliveira, segundo a polícia.

A maior parte dessas ocorrências teria sido realizada pelo sobrinho de Ademir, Ronaldo Oliveira, 22, que foi morto em uma troca de tiros com a polícia em junho último, em Socorro (120 km de SP).

Na ocasião, Ronaldo, que em alguns casos agia com a ajuda do tio Ademir, estava em um cativeiro com outros dois sequestradores e seis reféns.

Dos irmãos Oliveira que agiam nas ações de sequestro, apenas cinco estão vivos: Manoel Francisco, José Francisco, Moacir Francisco, Ademir Francisco e Maria Francisca.

Apenas Ademir e Maria Francisca estavam em liberdade. Ademir é fugitivo da cadeia do 2º Distrito Policial de Campinas.

Segundo o delegado de Campinas Djahy Tucci Júnior, Josias e Maria Francisca estavam morando na casa alugada.

"As casas eram alugadas temporariamente para que eles não fossem descobertos", disse o delegado.

O esconderijo de Ademir não fora descoberto antes pela polícia por causa da freqüência com que ele mudava de local _sempre em bairros de periferia na região de Campinas.

Com os quatro, foram apreendidos uma espingarda calibre 12, uma pistola automática, um revólver, munição, quatro telefones celulares e dois carros, um Vectra e um Kadett.

Ademir falou pelos quatro presos. Segundo ele, as acusações de envolvimento com sequestros são mentirosas. "Sempre fiquei por aqui buscando trabalhos como motorista", afirmou Ademir.

Ele disse que estava foragido pois a polícia e a imprensa sempre estavam atrás dele devido às acusações de sequestros.
 

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