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29/01/2001 - 21h09

Roubo liga PCC a dois resgates famosos

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da Folha de S.Paulo

O resgate de presos supostamente ligados ao PCC, em Araraquara (282 km de São Paulo), aconteceu quatro dias depois que a Polícia Civil divulgou a prisão de Claudio Barbará da Silva, o Barbará, 31, um dos mentores da facção criminosa e de grandes assaltos, como o de R$ 1 milhão em jóias da loja de penhores da CEF, em Ribeirão Preto _o mesmo crime de dois dos presos libertados no final de semana.

Policiais chegaram a ele e a outras seis pessoas investigando a fuga de 98 dos 168 presos do 45º DP (Vila Brasilândia), em outubro passado, na capital paulista.

Os detentos foram resgatados na época por 20 homens armados com fuzis. Na ação, um sargento da Polícia Militar morreu e um soldado ficou seriamente ferido.

A conexão entre o assalto à CEF e o PCC, feita pela própria polícia, não é aceita pela Secretaria da Administração Penitenciária como prova de que os assaltantes da CEF, que estavam em Araraquara, foram soltos pelo PCC.

"Não faziam parte do PCC", disse o secretário Nagashi Furukawa.

Segundo a polícia, os presos apontaram Wanderson de Lima, como líder do resgate no 45º DP. Em junho do ano passado, ele escapou da Penitenciária 3 de Hortolândia, perto de Campinas.

Os primeiros indícios de existência do PCC datam de 82 e 83, segundo documentos reunidos pelo Ministério Público, a partir de depoimentos de presos.

A facção criminosa teria nascido dentro do presídio de segurança máxima de Taubaté, no Vale do Paraíba, onde ficavam provisoriamente, como punição, presos indisciplinados do sistema.

Desde então, o nome do grupo tem sido citado em casos de corrupção nos presídios, rebeliões, fugas e crimes do lado de fora.

Essa expansão levou a Secretaria da Administração Penitenciária, no ano passado, a separar os líderes identificados dos demais.

Segundo o promotor Roberto Porto, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), hoje, o PCC não tem a estrutura do Comando Vermelho, no Rio. "

Não quer dizer que não precisamos contê-lo para que não se transforme nisso."

Há um procedimento de investigação sigiloso em andamento no Gaeco sobre a ação do PCC.
 

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