Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
30/01/2001 - 14h47

Prefeitura promete implantar casa de cuidados para sem-teto em SP

Publicidade

FABIANE LEITE
da Folha Online

O secretário da Assistência Social de São Paulo, Evilásio Farias, disse hoje, durante intervalo de reunião do secretariado com a prefeita Marta Suplicy (PT), que dentro de dois meses a prefeitura terá implantado uma casa de cuidados para sem-teto.

Segundo Farias, a casa de cuidados atenderá os moradores de rua que tenham passado por intervenções cirúrgicas e precisem de um local para se recuperar da operação. Após a recuperação, os moradores de rua serão encaminhados para albergues.

Inicialmente, a casa de cuidados deverá atender a cem moradores. A prefeitura está procurando um prédio no centro para iniciar o projeto, preferencialmente próximo da Santa Casa de Misericórdia, que já realiza atendimento filantrópico a moradores de rua.

O secretário da Saúde, Eduardo Jorge, que auxiliará na implantação do projeto, disse que já teve conversas com representantes da Santa Casa para definir uma parceria.

A administração estuda utilizar um imóvel do hospital filantrópico para o projeto. O gasto com a infra-estrutura e funcionários deverá ficar em torno de R$ 400 mil, disse Farias, verba prevista no orçamento da secretaria.

"Em vez de estar ocupando o leito hospitalar, ele (o morador de rua) vai à casa de cuidados para complementar sua recuperação", disse o secretário da Assistência Social.

De acordo com Farias, a casa faz parte de um programa específico de saúde para o morador de rua que a prefeitura quer implantar. "O morador de rua tem um perfil diferente da população em geral. Eles têm um índice elevado de HIV (vírus da Aids) positivo, de alcoolismo, dependência de drogas mais potentes e um índice acima da população normal de psicopatias."

Outra intenção da secretaria é incluir os moradores de rua em programas de saúde pública, como o de vacinação de idosos contra doenças infecciosas.

Hoje, 9 mil pessoas moram nas ruas de São Paulo, de acordo com dados da secretaria. Mais da metade dos sem-teto utiliza a estrutura de albergues. O restante, não está usando nenhum equipamento público.

Farias disse que quer criar equipes de funcionários de sua pasta para cuidar da saúde dos sem-teto. Ele afirmou que o atendimento médico será feito nos hospitais que já existem, principalmente os da região central, onde se concentra a população de rua.

Dentro de 15 dias o secretário pretende definir a equipe que trabalhará no programa de saúde.

Mulheres

Outra promessa do secretário é de criar, também dentro de dois meses, uma casa para atender moradoras de rua com filhos e vítimas de violência. A iniciativa está orçada inicialmente em R$ 300 mil e a prefeitura poderá entregar o projeto para ser administrado por uma entidade social.

Farias estuda ainda outras iniciativas, que foram anunciadas no encontro de secretários, como a criação de cooperativas de sem-teto, novo albergues, albergues emergenciais para o inverno e a informatização dos dados dos moradores de rua para haver um melhor controle.

Em boa parte da reunião nesta manhã, Farias explicou as iniciativas em prol dos moradores de rua. No segundo dia de governo, a prefeita regulamentou um projeto de lei que cria uma rede de assistência para esta população.

Marta convocou os secretários para verificar principalmente o andamento dos projetos sociais. A previsão é de que o encontro termine às 18h.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página