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14/02/2001 - 16h40

Empresários dizem que irão ajudar Marta, mas não falam em números

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FABIANE LEITE
da Folha Online

Os doze empresários que se reuniram hoje em almoço com a prefeita Marta Suplicy (PT) mostraram disposição em ajudar o município na área de Educação, mas evitaram detalhar como e quanto poderão contribuir.

Marta quer que empresas doem 1% do que pagariam de Imposto de Renda ao Fumcad (Fundo Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente), conforme prevê a lei 11.247, de outubro de 1992, para a construção de creches e escolas.

Participam do almoço os empresários José Mindlin, ex- Metal Leve, Roberto Civita, da Abril, Luis Fernando Furlan, da Sadia, Cláudio Barella, do Grupo Barella (siderurgia), Antônio Ermírio de Moraes, do grupo Votorantim, Lázaro Brandão, do Banco Bradesco, Vânia Ferro, da 3Com (telecomunicações), Paulo Cunha, do Grupo Ultra, Guilherme Leal, da Natura, Horácio Lafer Piva, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o consultor Ricardo Semler e Eugênio Staub, da Gradiente.

Antônio Ermírio de Moraes foi o único a assumir claramente o compromisso de fazer a doação. Segundo Marta, foi a primeira de uma série de reuniões mensais que ela pretende fazer com empresários.

"Estamos dispostos a colaborar e a primeira coisa se discutiu foi exatamente a participação do Imposto de Renda, que pela lei é permitido você tirar um por cento na pessoa jurídica e em vez de pagar governo federal, pagar o governo do município", afirmou Moraes.

"Eu tomei esse compromisso com ela (a prefeita). Eu vim para cá com a coisa estudada", disse Moraes.

O presidente do Grupo Votorantim disse que os empresários desconheciam a lei que permite a doação do imposto. "Tem tanta lei no Brasil, que você não pode saber todas."

"Foi um encontro para ver como equacionar problemas, muito preliminar, não se entrou em números", disse Brandão, que afirmou estar "aberto a colaborar também na área de informática."

"Vários temas foram discutidos, nenhuma sugestão concreta", afirmou Cunha. Os demais empresários não falaram com a imprensa.

"Isso (a doação) para a prefeitura vai ser muito bom porque vai nos possibilitar dar conta de pelo menos uma grande das 200 mil faltas de vagas (em creches) que nós temos. A vontade de ajudar é tão grande no empresariado como é na população da classe média e na periferia", afirmou a prefeita após o encontro.

Segundo Marta, a doação deve possibilitar a construção de mais creches, que no entanto não devem ficar prontas neste ano.

A prefeita disse que os empresários decidiram ajudar pela "vontade de reconstruir a cidade." "Nenhum desses empresários trabalha para a prefeitura, tem interesse, a não ser como cidadão da cidade de São Paulo."

Visita

Marta deve visitar a sede da Votorantim, na praça Ramos, centro da capital, no início desta noite. Moraes não soube explicar o que a prefeita fará na empresa.

"Tenho a impressão que ela queria dar uma espiada no jardim que foi arrumado pela Votorantim. Lá estava uma imundície há dois anos, era horroroso, era o mictório da cidade. Hoje está uma praça digna de SP."

Moraes afirmou que já tinha estado na prefeitura em apenas uma ocasião, para entregar um processo sobre o hospital Beneficência Portuguesa ao ex-prefeito Celso Pitta (PTN). "Por sinal, ele perdeu (o processo)", disse o empresário.

Cardápio

O cardápio do almoço, servido como cortesia pelo hotel Emiliano, foi palmito ralado com foie grass (patê de fígado de ganso) acompanhado de compota de figo, codorna recheada com frutas secas, purê de mandioquinha com molho de jabuticaba e, de sobremesa, sopa de frutas com sorvete.

E-mail: painel do webleitor

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