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19/02/2001 - 08h51

PM não confirma invasão da Tropa de Choque na P1 de Tremembé (SP)

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JOSÉ CARLOS JÚNIOR
da Folha Online, em São José dos Campos

A Polícia Militar não confirmou a invasão da tropa de choque nos pavilhões e celas da penitenciária Doutor Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, a P1, de Tremembé (135 km de SP), no Vale do Paraíba, onde a rebelião envolveu os 827 detentos da unidade, que tem capacidade para 538 presos.

O clima voltou a ficar tenso agora pela manhã com a entrada da tropa, de viaturas do Corpo de Bombeiros e ambulâncias na penitenciária. Familiares de detentos tentaram subir pelo muros do presídio para acompanharem a situação.

A direção da P1 não quis dar entrevista agora pela manhã. Pelo menos sete carcereiros são mantidos como reféns. Um funcionário foi libertado no início da noite de ontem por problemas cardiorrespiratórios. As negociações foram encerradas às 21h30 de ontem e seriam retomadas na manhã de hoje.

A Secretaria da Administração Penitenciária voltou atrás e informou que a rebelião nos presídios de São Paulo deixou 11 mortos. A assessoria havia dito inicialmente que 13 pessoas haviam morrido.

As rebeliões estouraram após cinco detentos acusados de integrarem o "primeiro escalão" do PCC (Primeiro Comando da Capital), organização criminosa que atua nos presídios do Estado, foram transferidos na sexta-feira passada da Casa de Detenção de São Paulo para a Casa de Custódia de Taubaté.

A transferência ocorreu após a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária tê-los responsabilizado pela rebelião de presos ocorrida na Casa de Detenção de São Paulo, na semana passada. A remoção foi determinada pelo secretário Nagashi Furukawa, porque eles teriam comandado o motim.

Foram transferidos para a Custódia os detentos Jonas Mateus, Edmir Volleti, Idemir Carlos Ambrósio, Flávio Aparecido da Silva e Orlando Mota Júnior. Todos eles estavam em Taubaté, em dezembro, quando uma rebelião, iniciada no dia 17 daquele mês e encerrada após 36 horas, destruiu o presídio e provocou a morte de nove presos -três deles decapitados.

A Custódia ainda está sendo reformada. A situação no presídio também é tensa entre os funcionários. A sindicância que apura os motivos da rebelião de dezembro ainda não foi concluída.

Apenas o diretor de segurança penal Edson Alves dos Santos, que ocupava o cargo no presídio quando ocorreu a rebelião, foi exonerado pelo diretor da Casa de Custódia de Taubaté (134 km de SP), José Ismael Pedrosa.

Leia especial sobre a rebelião
 

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