Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/02/2001 - 22h07

Pelo menos 5 foram mortos por pertencerem a facções rivais do PCC

Publicidade

GILMAR PENTEADO
da Folha de S.Paulo

Pelo menos cinco dos 16 presos mortos em rebeliões no Estado de São Paulo foram assassinados por pertencerem a facções criminosas rivais ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

Cinco dos detentos que foram mortos na penitenciária Nilton Silva, em Franco da Rocha (Grande São Paulo), faziam parte da Seita Satânica, outra facção ligada a corrupção de funcionários, assassinato e extorsão de presos.

A informação é do diretor da penitenciária, Adevaldo Pereira de Souza, de funcionários e de policiais militares.

Os cinco detentos foram assassinados ontem, depois que a penitenciária foi dominada pelos presos.

Foi a primeira rebelião na penitenciária criada em 1998, uma das poucas que não apresenta superlotação _820 presos vivem em um local planejado para 852.

O grande número de mortes (31% do total de 29 unidades envolvidas) surpreendeu em comparação ao número presos: a unidade representou apenas 3% do total de rebelados (28,3 mil).

Os cinco detentos teriam se envolvido em um confronto contra o PCC no complexo do Carandiru havia quatro meses, quando foram transferidos para Franco da Rocha, onde o PCC tem hegemonia entre os presos.

Edimar Xavier Pereira Júnior, 20, Antonio José Marcelino, 54, Antonio Duarte Filho, 35, Rogério Francisco da Silva e Carlos Magno Rosa _cujas idades não foram divulgadas_ foram mortos com vários golpes de estilete.

Eles foram retirados do pavilhão 2 pelos outros presos, que avisaram a direção da penitenciária para buscar os corpos na enfermaria às 21h de ontem, depois de sete horas de rebelião.

Segundo o diretor da penitenciária, eles estavam presos por assalto e não estavam no seguro (local onde vão os jurados de morte). "Já tivemos uma problema anterior entre as facções, mas não foi nada grave", disse Souza.

Na penitenciária Mauro de Moura Albuquerque, que também fica no complexo em Franco da Rocha, a Seita Satânica tem hegemonia entre os presos e os membros do PCC são colocados no seguro como precaução, disse um agente que não se identificar.

Em uma revista, os agentes penitenciários encontraram 75 estiletes e uma pistola 6.35. Os reféns foram soltos na manhã de hoje.

Os oito funcionários e os cerca de 700 familiares de presos que dormiram na penitenciária não sofreram ferimentos, segundo a Polícia Militar e a direção da unidade.

Leia especial sobre a rebelião
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página