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20/02/2001 - 04h25

"Incomunicável", líder da rebelião pode ter usado celular

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KEILA RIBEIRO, da Folha Vale

O assaltante Idemir Carlos Ambrósio, o Sombra, apontado como principal líder do PCC, pode ter comandado da Casa de Custódia de Taubaté (134 km de São Paulo) a megarrebelião de anteontem. Segundo a Folha apurou, agentes penitenciários de Taubaté encontraram aparelhos celulares em sua cela.

Ao ser transferido da Casa de Detenção do Carandiru para a prisão de segurança máxima, Sombra teria de ficar 30 dias incomunicável, sem receber visitas.

Agentes penitenciários ouvidos pela Folha, no entanto, disseram que Sombra recebeu a visita de dois advogados na última sexta-feira, quando já estava na Casa de Custódia. Os defensores do assaltante não teriam sofrido revista ao entrarem no presídio.

Esses mesmos advogados estiveram no sábado na penitenciária Doutor Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, a P1, em Tremembé (município vizinho a Taubaté), para visitar Marcos Massari, o "Tau", apontado como um dos "soldados" do PCC na unidade.

A juíza-corregedora de Taubaté, Sueli Armani Zeraik, disse que não sabia da visita dos dois advogados, mas afirmou que uma advogada esteve visitando o líder do PCC no sábado.

No domingo, quando agentes penitenciários denunciaram que a rebelião na P1 estava sendo comandada da Casa de Custódia por Sombra, a polícia fez uma revista na cela do assaltante.

Segundo a segurança do presídio, foram encontrados no local uma arma e celulares (os agentes não souberam dizer quantos). O diretor da Casa de Custódia, José Ismael Pedrosa, não quis confirmar a informação.

Além de Sombra, mais quatro lideranças do Primeiro Comando da Capital foram levados para Taubaté -Jonas Mateus, Edmir Volleti, Flávio Aparecido da Silva e Orlando Mota Júnior.

A possibilidade de advogados entrarem na Casa de Custódia com celulares já havia sido apresentado pela direção da prisão em setembro do ano passado, quando um aparelho foi encontrado na cela da traficante Sônia Aparecida Rossi, a "Maria do Pó".

Segundo os carcereiros e policiais ouvidos pela Folha, os advogados -que podem visitar os presos, mesmo quando eles estão de castigo- teriam sido orientados pelos detentos a manter contato com outras penitenciárias e avisar os integrantes do PCC sobre a rebelião.
 

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