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12/06/2000
-
13h54
LARISSA SQUEFF, repórter da Folha Online
O padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Menor e do Adolescente, disse que a falta de perspectivas e de direção está embrutecendo os internos da Febem. Ele afirmou que há 15 anos, durante as rebeliões, os jovens diziam que queriam "zoar". Dez anos mais tarde, a intenção deles era destruir as unidades. "Hoje, eles falam que querem matar", disse o padre.
Na madrugada desta segunda-feira (12), os internos da Febem Tatuapé, na zona leste, iniciaram uma rebelião e chegaram a jogar a monitora Inês Gonçalves Santos do telhado de uma unidade educacional.
"Essa mudança de comportamento é dramática. E a explicação para isso é a completa falência do sistema. Não adianta dizer apenas que os adolescentes são maus, eles não têm acompanhamento nenhum", disse o padre.
Padre Júlio afirmou que não retira a responsabilidade dos infratores, mas disse que os jovens não têm disciplina. "Estive na quinta-feira (8) no Tatuapé e pude ver que os monitores não têm autoridade sobre os adolescentes. Todos precisam de regras, principalmente eles", disse.
Para ele, enquanto houver disputa de poder dentro das unidades, a situação só tende a ficar mais complicada. "Quando são os monitores que mandam na unidade também há rebeliões. É um eterno embate, uma luta de forças", disse.
Padre Júlio afirmou que, enquanto não houver direcionamento pedagógico dentro das unidades e a autoridade não for estabelecida por meio de medidas sócio educativas, os internos continuarão a fazer rebeliões.
Leia mais sobre a crise na Febem de SP na Folha Online
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Falta de perspectiva embrutece internos, diz padre Júlio
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LARISSA SQUEFF, repórter da Folha Online
O padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Menor e do Adolescente, disse que a falta de perspectivas e de direção está embrutecendo os internos da Febem. Ele afirmou que há 15 anos, durante as rebeliões, os jovens diziam que queriam "zoar". Dez anos mais tarde, a intenção deles era destruir as unidades. "Hoje, eles falam que querem matar", disse o padre.
Na madrugada desta segunda-feira (12), os internos da Febem Tatuapé, na zona leste, iniciaram uma rebelião e chegaram a jogar a monitora Inês Gonçalves Santos do telhado de uma unidade educacional.
"Essa mudança de comportamento é dramática. E a explicação para isso é a completa falência do sistema. Não adianta dizer apenas que os adolescentes são maus, eles não têm acompanhamento nenhum", disse o padre.
Padre Júlio afirmou que não retira a responsabilidade dos infratores, mas disse que os jovens não têm disciplina. "Estive na quinta-feira (8) no Tatuapé e pude ver que os monitores não têm autoridade sobre os adolescentes. Todos precisam de regras, principalmente eles", disse.
Para ele, enquanto houver disputa de poder dentro das unidades, a situação só tende a ficar mais complicada. "Quando são os monitores que mandam na unidade também há rebeliões. É um eterno embate, uma luta de forças", disse.
Padre Júlio afirmou que, enquanto não houver direcionamento pedagógico dentro das unidades e a autoridade não for estabelecida por meio de medidas sócio educativas, os internos continuarão a fazer rebeliões.
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