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21/02/2001 - 23h48

Juiz determina volta de Marcola, um dos líderes do PCC, para SP

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LÉO GERCHMANN
da Agência Folha

FABIANE LEITE
da Folha Online

O juiz Laércio Sulczinski, da Vara de Execuções Criminais de Ijuí, cidade a cerca de 400 km de Porto Alegre, determinou a volta da um dos principais líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) Marcos Camacho, 33, o Marcola, para São Paulo.

O PCC é uma organização criminosa que comandou as rebeliões simultâneas em 29 penitenciárias de São Paulo entre domingo e segunda-feira passados. Uma das reivindicações dos rebelados era a volta dos líderes transferidos, entre eles Marcola, para a capital paulista.

O líder estava preso temporariamente na Penitenciária Modulada de Ijuí depois de negociações entre a Susep (Superintendência dos Serviços Penitenciários) do Rio Grande do Sul e a Secretaria das Administrações Penitenciárias de São Paulo, disse Sulczinski.

Segundo o juiz, a permanência temporária de Marcola no local foi acertada depois dos rumores de que a organização criminosa preparava uma grande rebelião em São Paulo.

O juiz entendeu que, como os motins foram controlados, não há mais necessidade da permanência do líder na região.

O preso teria ido para a penitenciária gaúcha na semana passada.

A determinação da volta do líder ocorreu na sexta-feira, disse o juiz, mas ele disse que o planejamento da transferência deve ser feito pela Susep e a Administração Penitenciária de São Paulo. O juiz disse desconhecer o destino de Marcola.

"A fase aguda do problema está contornada. Como um fato atípico, excepcional, foi permitido (a transferência). Agora, como distensionamos a questão foi implementado que o preso deve ser recambiado", disse o juiz em entrevista à Folha Online por telefone.

Hoje, dois presos foram resgatados em uma rodovia de São Paulo quando seguiam para penitenciárias, o que levantou suspeita sobre uma nova ação do PCC e fez as autoridades do Estado considerar que a ação da quadrilha não terminou.

"A situação prisional nunca é totalmente calma", afirmou o juiz. Questionado se a presença de Marcola em Ijuí traria risco ao sistema prisional do Rio Grande do Sul, o ele disse que esta é uma "hipótese possível."

De acordo com o juiz, a determinação já foi comunicada à Susep.

O superintendente da Susep Airton Michels disse para a Agência Folha, porém, que não havia recebido esta comunicação.

Sulczinski afirmou que Marcola deverá retornar a São Paulo, mas não determinou o prazo, pois, segundo ele, isso dependerá de procedimentos de segurança a serem adotados pela Susep.


 

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