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22/02/2001 - 16h50

PCC dará trégua porque situação fugiu do controle, diz juiz

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MILENA BUOSI
da Folha Online

O juiz-corregedor dos presídios de São Paulo, Octávio Augusto Machado de Barros Filho, disse que os principais líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital), Idemir Carlos Ambrósio, o Sombra, e Jonas Mateus, afirmaram que darão trégua de 90 dias sem rebelião, fugas ou mortes porque "perderam o controle da situação".

O PCC foi o responsável pela megarrebelião em 29 unidades prisionais no Estado no último domingo, que deixou 19 mortos.

Sombra e Mateus estão presos na Casa de Custódia de Taubaté.

Eles estavam na Casa de Detenção, zona norte da capital paulista, e foram transferidos para Taubaté na última sexta-feira, com outros três líderes do PCC.

"É evidente que eles isolados lá (Taubaté) perderam o controle de alguma forma", disse o juiz. Em Taubaté há uma disciplina rigorosa, os presos ficam isolados nas celas, a revista ocorre diariamente e os agentes penitenciários se revezam. "A Casa de Custódia é um castigo (para os integrantes do PCC) por ordem do secretário."

Barros Filho disse que a própria rebelião de domingo fugiu ao controle de Sombra e Mateus. Segundo o juiz, os líderes disseram que não queriam que a paralisação ocorresse durante o horário de visitas.

"Eles disseram que perderam o controle inclusive de algumas mortes, que foi acerto de fora. A rebelião foi articulada, mas depois tomou outro rumo."

O juiz disse que a megarrebelião foi articulada quando o PCC soube da transferência de seus líderes.

Barros Filho disse ainda que Sombra e Mateus não estão usando celular na Casa de Custódia e que a facção não se organiza apenas pelo aparelho, mas por meio de visitas e até advogados.
 

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